Opinião
O OE 2020 para a região de Leiria (Parte I)
Aliás, a este propósito não passou de um embuste o anúncio feito pelo Governo sobre esta possibilidade, pois continuam por alterar os diplomas legais necessários para a sua concretização.
Poderia começar este artigo de opinião fazendo os votos para este novo ano, no que diz respeito às necessidades e legítimas aspirações de um território dinâmico e empreendedor.
Confesso que, em determinados momentos, já falta paciência para enumerar as reivindicações de sempre, sendo que não deixarei de as sinalizar no próximo Congresso Nacional do PSD, no âmbito da apresentação da Moção Distrital “Afirmar uma alternativa reformista para o Portugal do Séc. XXI”.
1) Os incêndios florestais no Distrito de Leiria: O ano de 2017 foi trágico para o nosso distrito, em Junho e Outubro, com os grandes incêndios que assolaram os concelhos do Norte do Distrito e o Pinhal de Leiria.
Passados quase três anos, assistimos a uma falta de estratégia brutal, não estando a ser devidamente consideradas as potencialidades da fileira florestal, enquanto factor de atracção de investimento e de população, designadamente na zona do Pinhal Interior.
2) A Universidade Técnica de Leiria: A necessidade premente da evolução do Politécnico de Leiria para o estatuto de universidade, considerando que este é um importante desígnio da região e do País.
O Instituto Politécnico de Leiria é uma instituição de ensino superior de referência no nosso país, com dimensão internacional, reunindo todos os requisitos legais, nomeadamente ao nível da aposta na área da investigação e na própria qualificação do corpo docente, para que possa ter na sua designação a menção de universidade e possa ministrar o grau de doutoramento.
Aliás, a este propósito não passou de um embuste o anúncio feito pelo Governo sobre esta possibilidade, pois continuam por alterar os diplomas legais necessários para a sua concretização.
3) A requalificação adiada do IC8/IC2 e a efectiva modernização da Linha do Oeste: Continua por concluir o troço Avelar/Pombal, com os níveis de sinistralidade conhecidos, e agora ainda a pairar no ar a ideia peregrina de executar uma rotunda em pleno IC8, no Parque Empresarial do Camporês, no concelho de Ansião! Inacreditável!
Também o IC2 continua à espera da intervenção premente no troço entre Leiria e Pombal! Em 2016, o actual Governo PS divulgou um documento onde apontava a modernização da Linha do Oeste, incluindo a electrificação e intervenção nos sistemas de sinalização e telecomunicações, mas somente no troço entre Meleças e Caldas da Rainha, cuja intervenção estaria concluída em 2020.
No entanto, este investimento só terá o necessário retorno económico, social e ambiental, para a região Centro e para o País, se a intervenção de modernização não ficar apenas nesse troço, mas se estender até ao Louriçal, com ligação à Figueira da Foz.
4) Abertura da Base Aérea de Monte Real: O Aeroporto de Monte Real, que seria fundamental para a região e o todo nacional, é neste momento uma incógnita e motivo de disputas estéreis entre os autarcas socialistas de Leiria e Coimbra, responsáveis, a par do actual primeiro-ministro António Costa, pelos sucessivos atrasos e indecisões no desenvolvimento do projecto que, a perder-se, atrasará ainda mais toda a Região Centro. Recordo que a Assembleia da República aprovou, no dia 19 de Janeiro de 2018, um projecto de resolução do PSD que recomenda ao Governo a abertura da Base Aérea de Monte Real a voos civis.
Mas depois da novela dos chineses, já temos outra protagonizada por dois ministros, João Cravinho e Pedro Nuno Santos, que sobre este mesmo tema não conseguem dizer a mesma coisa!!!