Sociedade
Caso de menina esquecida oito horas em autocarro participado ao Ministério Público
A Segurança Social está hoje a fazer uma visita técnica ao Centro Paroquial de Assistência do Juncal, onde uma criança de dois anos esteve oito horas esquecida num autocarro.
A Direcção do Centro Paroquial de Assistência do Juncal (CPAJ) comunicou aos serviços do Ministério Público de Porto de Mós o caso de uma menina de dois anos que ficou esquecida numa carrinha da instituição durante oito horas.
Em comunicado, emitido, este domingo, a instituição pede desculpas à família e informa que já disponibilizou os seus serviços para apoiar a menor e a família e “ajuda financeira tendo em vista o acompanhamento médico e psíquico da criança e da mãe”.
O caso ocorreu há uma semana e, segundo noticiou a SIC, a menina ficou presa pelo cinto de segurança na cadeira de transporte, mesmo ao lado da creche, sem que alguém desse pela sua falta. Só mais tarde, à noite, é que os responsáveis da creche terão ido visitar os pais e contado o que tinha acontecido.
Naquele comunicado, a instituição conta que, no dia 17, “pelas 19:28 horas, o director de serviços do CPAJ foi contactado pelo motorista responsável pelo transporte das crianças”, informando que pelas 17 horas desse dia, ao chegar à carrinha, “verificou que a Sofia permanecia no interior desde a chegada, às 9 horas”.
Segundo o comunicado, a criança foi “de imediato” levada para “o interior das instalações do CPAJ”, onde “foi cuidada, hidratada, alimenta e esteve a brincar”. Após estas diligências “foi entregue à avó materna no horário habitual”.
Só mais tarde, é que a instituição transmitiu o sucedido à família. Segundo o comunicado, “pelas 20:30 horas”, o director de serviços e um representante da direcção do CPAJ, chegaram a casa dos pais, informando a mãe do sucedido e “disponibilizando-se para prestar todo o auxílio necessário e para, inclusivamente, acompanharem a criança ao hospital”.
De acordo com o esclarecimento, na manhã seguinte houve uma reunião entre a mãe da menina e a equipa educativa da instituição, na qual esteve também presente a psicóloga do CPAJ, tendo sido “disponibilizados os seus serviços para apoiar a menor e mãe”.
A instituição informa ainda que, no dia 19, dois dias após o incidente, deliberou “proceder à realização de diligências internas a fim de apurar os factos e os responsáveis pelo ocorrido, tendo em vista a sua responsabilização em sede disciplinar”. Foi também decidido participar o ocorrido ao Ministério Público, “para os fins tidos como convenientes”.