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Exposições: Expo 40 anos

21 jul 2025 10:12

Parque D. Carlos I, Caldas da Rainha

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Cinco primeiros anos do Teatro da Rainha revistos no Céu de Vidro
Margarida Araújo

Até 31 de Julho de 2025
Artista: Teatro da Rainha
Céu de Vidro – Parque D. Carlos I, Caldas da Rainha
10 às 21 horas

Para comemorar quatro décadas de actividade, o Teatro da Rainha organiza a Expo 40 anos – uma exposição contínua, que dura o ano inteiro e é concretizada por módulos. Em grande parte, realiza-se por materiais que pertencem ao património da companhia de Caldas da Rainha (fotográficos, videográficos e outros).

Momento charneira, a exposição no Céu de Vidro – Parque D. Carlos I – sobre os primeiros cinco anos de actividade, centrada nas criações desse período e inaugurada a 5 de Julho. Paredes-meias com a ruína da antiga Casa da Cultura, onde o Teatro da Rainha leva à cena, até 21 de Julho, A Noite dos Visitantes, de Peter Weiss, com encenação de Fernando Mora Ramos.

Os visitantes poderão ficar a conhecer um pouco melhor o historial do Teatro da Rainha, inaugurado ali mesmo, em 1985, com O falatório do Ruzante de volta da guerra, de Angelo Beolco. Estão patentes registos fotográficos dos primeiros cinco anos da prática teatral do Teatro da Rainha, acrescidos de registos alusivos aos espectáculos levados à cena em espaços públicos contíguos no interior do Parque D. Carlos I, no Largo Rainha D. Leonor e no adro da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo onde, segundo a companhia, em 1504 Gil Vicente estreou o seu Auto de S. Martinho.

“Além dos registos fotográficos, destacamos os cartazes de Edgar Marcelo para os primeiros espectáculos da companhia, materiais cenográficos diversos, desenhos de figurinos e de cenários assinados por José Carlos Faria e as bandas sonoras de Carlos Alberto Augusto”, lê-se numa nota publicada pelo Teatro da Rainha nas redes sociais.

O texto de divulgação cita também Fernando Mora Ramos, director artístico do Teatro da Rainha desde a sua fundação: “Os anos iniciais foram anos de muito espectáculo, de centenas de representações, de muita digressão pelo país. Não só nas Caldas o TdR realizava temporadas de mais de trinta apresentações, como pelo país dentro fez, em digressão, centenas de espectáculos – no ano em que existia um Projecto de Itinerância dos Serviços de Acção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura orientado pelo Dr. Mário Abreu (1989), fizemos mais de 100 apresentações – um espectáculo em cada três dias. (...) Saudemos, entretanto, aqueles que connosco iniciaram esta caminhada e já não estão entre nós: a Amélia Varejão, o António Galhano, o António Neves Pedro, a Natália Ferreira, o António Plácido, o José Mora Ramos e o José Lemos. Como se diz hoje-emdia na linguagem gastronómica dominante, desfrutem – nós diremos divirtam-se ou curtam, ou gozem, ou conheçam... -, que, neste caso, não necessitarão de água das pedras a seguir”.

Nesta exposição, poderá ainda ser encontrada uma pequena feira do livro com as publicações do Teatro da Rainha.