Sociedade

Impressão Digital | António José Correia: "O meu interesse pelas coisas do mar é quase genético"

7 jan 2018 00:00

Surf, teatro, futebol e ténis na Impressão Digital desta semana.

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Depois de 12 anos à frente da Câmara Municipal de Peniche, para onde é que a corrente o leva?
Pró oceano! O meu interesse pelas coisas do mar é quase genético. Nasci e cresci à beira-mar e a "praticar" o mar. Ao longo de toda a minha vida aprendi muito sobre o mar. Há quem tenha constatado isso e se tenha interessado pelo meu contributo. Literacia para o Oceano e Náutica serão os temas que irei trabalhar em termos nacionais nos próximos anos.

Ainda lhe chamam senhor presidente?
Sim! E dizem: uma vez presidente, presidente para sempre! Tenho muito orgulho em ter sido presidente de câmara e essas abordagens reforçam-no. Foi uma experiência única, com muito entusiasmo, dedicação, paixão, amor ao território e às pessoas.

O primeiro dia fora do cargo é como um tombo nos Supertubos? Ou o melhor set é sempre o que está para vir?
O primeiro dia foi justamente passado nos Supertubos (a nona edição consecutiva do Campeonato do Mundo de Surf, a Fórmula 1 do surf, mai nada!). E sim, foi muito duro! Mas ainda só tenho 63... Mas também, agora, na calma, do melhor set poderei escolher a melhor onda...

Onde é que os equilíbrios são mais difíceis: em cima da prancha ou na autarquia?
Em cima da prancha, sem dúvida! Bem, no caso da prancha de SUP (stand up paddle), agora a minha modalidade mais praticada, a coisa é diferente para melhor.

Um surfista amigo de Peniche.
Isso querias tu! Nessa não caio... são tantos surfistas amigos de Peniche... Mas está bem, lá vai: Mick Fanning! Em 2009, quando venceu em Peniche a prova móvel, desafiou, em directo para todo o Mundo, a ASP a trazer o WCT para Peniche! E concretizou- se. Além disso é também meu amigo.

Está entre os fundadores do Clube de Ténis de Peniche: dá-se melhor com pancadas de esquerda ou de direita?
Lá tenho que admitir que ataco melhor com a direita... A esquerda é desastrada e já não vai ao lugar... Bem! não estamos a falar de política, pois não?

É daqueles que atacam a rede sempre que podem?
Sim. Quando tinha pernas, e a paciência não era muita, mesmo em terra batida, lá ia o Tó Zé à rede. Infelizmente era "presenteado" com muitos passing shots...

A classe de Federer ou a fúria de Nadal?
Isso é para tipo "moeda ao ar". Mas apesar de tudo, Federer. Vi-o duas vezes no Estoril Open e fiquei impressionado com a sua classe. Autêntico ballet com uma elegância insuperável.

Jogou futebol, a trinco. Tem mais jeito para destruir do que para construir?
É pá! Vamos lá substituir destruir por estancar e depois entregar a alguém que saiba construir.

Precisamos de mais políticos com amor à camisola?
Não conheço nenhum político que não tenha amor à camisola... depende d

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