Viver

Mesmo em quarentena, a vida não pára. Este é um retrato do quotidiano

24 mar 2020 17:16

Primeiro veio o choque. O primeiro caso de Covid-19 registado em Portugal

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@nunofonseca
Jacinto Silva Duro

Depois a primeira morte, que os jornais e televisões correram a saber quem tinha sido, antes de relegarem os restantes óbitos para o anonimato. 

Os casos continuam a aumentar e a maior parte dos portugueses ficou em casa. Para dentro das paredes do lar, trouxemos os escritórios, as escolas, as oficinas e preserveramos. 

Mas os fotojornalistas e repórteres de imagem continuam lá fora a fazer retratos de um país bloqueado, a olhar para as redes sociais e para a televisão. 

@hugodelgado ?

 

À espera que a guerra acabe. Miguel Lopes, fotojornalista da Agência Lusa, e Gonçalo Borges Dias, fotógrafo numa agência, criaram a página de Instagram@Everydaycovid e convidaram outros profissionais a partilharem não o que aparece nos jornais e televisões, mas a sua visão deste acontecimento. 

@alvaroisidoro ?

 

O fotógrafo Rui Miguel Pedrosa, de Leiria, é um dos editores deste projecto que conta, para já, com mais de 3500 seguidores, cerca de 200 fotografias, e a colaboração de mais de 80 fotógrafos e fotojornalistas.

O registo fotográfico é o do quotidiano de clausura, quebrado pelo odor sempre presente a álcool e a lixívia, mas “apurado” pelo capacidade de foco de quem, há muito, trabalha a imagem em todas as seus nuances, sombras e gradações do espectro visível.

@luis_vieira ?

 

É uma colectânea documental que, no futuro, irá permitir perceber à nossa espécie, que sempre floresceu em comunidade e definhou em isolamento, como foram estes tempos, dentro e fora de casa, longe um dos outros, à distância recomendada de metro e meio e sem toques de pele. 

@capitaogoma ?