Sociedade

Milhares deram as mãos num abraço em defesa dos colégios

12 mai 2016 00:00

Cartas inundam residência de António Costa

A chuva não afastou alunos do CCMI (Foto: Ricardo Graça)
Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (foto: Daniela Rino)
Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (foto: Daniela Rino)
Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (foto: Daniela Rino)
Colégio Nossa Senhora da Fátima (Foto: Daniela Rino)
Colégio Nossa Senhora da Fátima (Foto: Daniela Rino)
Colégio Nossa Senhora da Fátima (Foto: Daniela Rino)
(Foto: Colégio Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha)
(Foto: Colégio Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha)
(Foto: Colégio Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha)
(Foto: Centro de Estudos de Fátima)
(Foto: Centro de Estudos de Fátima)
(Foto: Centro de Estudos de Fátima)
(Foto: Instituto D. João V, no Louriçal)
(Foto: Instituto D. João V, no Louriçal)
(Foto: Instituto D. João V, no Louriçal)
(Colégio Dinis de Melo, Amor)
(Colégio Dinis de Melo, Amor)
(Colégio Dinis de Melo, Amor)
(Foto: Colégio Frei Cristóvão, Caldas da Rainha)
(Foto: Colégio Frei Cristóvão, Caldas da Rainha)
(Foto: Colégio Frei Cristóvão, Caldas da Rainha)
(Foto: Instituto Educativo do Juncal, Porto de Mós)
(Foto: Instituto Educativo do Juncal, Porto de Mós)
(Foto: Instituto Educativo do Juncal, Porto de Mós)
(Colégio S. Mamede, Batalha)
(Colégio S. Mamede, Batalha)
(Colégio S. Mamede, Batalha)
(Colégio São Miguel, Fátima)
(Colégio São Miguel, Fátima)
(Colégio São Miguel, Fátima)

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Na sexta-feira, milhares de alunos, pais, funcionários e amigos deram as mãos na defesa dos colégios com contrato de associação. Juntos reivindicam que o Governo cumpra os contratos plurianuais assinados no ano passado, que asseguravam as turmas de início de ciclo por três anos lectivos, sem restrição geográfica. Defendem ainda a liberdade de escolha do projecto educativo que consideram melhor para os filhos.

Na segunda-feira, milhares de cartas escritas por alunos e familiares também inundaram a residência oficial do primeiro-ministro António Costa. Por escrito vai o apelo para o Governo anular o despacho do Ministério da Educação que define que só serão financiadas as escolas nas zonas onde não existe oferta pública ou até os alunos acabarem o ciclo de ensino que actualmente frequentam.

No Colégio Rainha D. Leonor, em Caldas da Rainha, estiveram presentes no abraço cerca de 1.300 pessoas, constituídas por alunos, antigos alunos, colaboradores docentes e não docentes, pais e encarregados de educação. “O colégio poderá, a curto prazo e à semelhança das restantes escolas com contrato de associação, fechar portas. Caso o Governo não assegure a abertura das turmas de início de ciclo, perdem-se as continuidades de ciclo. No caso do Colégio Rainha D. Leonor, estão em causa 12 turmas e a saída de 321 alunos que se encontram matriculados, actualmente, nos 6.º e no 9.º anos”, refere a direcção pedagógica do colégio. Sandra Santos acrescenta que “as escolas do concelho não têm capacidade para receber todas as turmas” do colégio, pelo que se poderá verificar de novo “uma situação de ruptura de rede, semelhante àquela que se viveu quando, há 11 anos, houve necessidade de construir esta escola”.

Rui Miranda, director pedagógico do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, em Leiria, onde cerca de 600 alunos participaram na manifestação, revela que 45% dos alunos têm apoio da Acção Social Escolar. “É preciso desmistificar a ideia de que os colégios já existiam e que eram privados e que começaram a receber turmas pagas pelo Estado. Não é verdade. Os colégios foram criados em zonas rurais com o objectivo de garantir às populações a existência de uma escola que faculte aquilo que a Constituição lhes permite de forma gratuita. Foi isso que aconteceu em Monte Redondo e na maioria das localidades onde estão inseridos colégios. Funcionam como pilares de desenvolvimento da própria região. O ataque ao contrato de associação pode significar um retrocesso de 40 anos para estas localidades do ponto de vista cultural, social e económico.”

Cerca de 1500 alunos estiveram também no Colégio Conciliar Maria Imaculada, em Leiria. “Não vamos baixar os braços no direito à livre escolha. Até a medida que o Governo está a implementar para dar autonomia às escolas vai contra a decisão da livre escolha dos pais para qualquer escola. O que nos interessa enquanto pais é ter uma escola de qualidade, independentemente de ser pública ou privada”, adianta João Ferreira, presidente da Associação de Pais. Esta acção decorreu em todos os colégios do país com contrato de associação. Para o dia 5 de Junho está prevista uma manifestação nacional.