Economia
Nutrix cria com MARE bolachas à base de farinha de grilo
Projecto em parceira com Centro de Ciências do Mar do Politécnico de Leiria
A questão ambiental e a necessidade de encontrar alternativas à proteina animal despertaram nos responsáveis da Nutrix a vontade de desenvolver um novo alimento à base de insectos. A empresa de Santarém encontrou no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, do Politécnico de Leiria, o apoio de que precisava e o resultado está aí: bolachas à base de farinha de grilo.
“A ideia iniciar era desenvolver um alimento com insectos, e estava pré-definido que seriam os grilos. Pensámos numa barra proteica, mas após as primeiras conversas com o Politécnico percebemos que fazia sentido serem bolachas. Comecámos a trabalhar em 2018 e estamos a concluir o projecto”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA José Gonçalves, responsável pela Nutrix, que na semana passada participou no evento MeetUP, onde foram dados a conhecer vários produtos que resultaram da inovação colaborativa entre o instituto e o tecido empresarial.
O actual cenário legal na União Europeia não autoriza ainda a colocação no mercado de produtos alimentares à base de insectos, pelo que enquanto esta questão não for ultrapassada as bolachas não podem ser comercializadas. Mas o projecto está pronto para a fase de industrialização, revelou o responsável da Nutrix, que actualmente se dedica à produção de framboesas biológicas, e cuja exploração se situa na freguesia de Souto da Carpalhosa.
No evento da passada quinta-feira foram apresentados vários outros projectos que resultaram da cooperação entre os centros de investigação do Politécnico e empresas. É o caso de um projecto da Moldetipo, que usou a água para a obtenção de peças plásticas de elevado desempenho (em parceria com o Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto)
Ou do HiPerformWalls, que envolveu o departamento de engenharia civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a NOV, permitindo a esta empresa de Leiria encontrar soluções de pré-fabricados de edifícios por recurso a betão reforçado com fibras. O facto de ter sido possível passar a fabricar paredes com menos espessura permitiu uma poupança de quase 100 milhões de euros no projecto de habitação que o grupo implementou na Venezuela, revelou o CEO, Joaquim Paulo Conceição.
Outro dos projectos divulgados foi levado a cabo entre a Delegação da Associação para o Desenvolvimento da Aerodin
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