Sociedade

Politécnico de Leiria integra grupo consultivo da Europol

23 jan 2025 14:45

Instituição vai prestar apoio na área da cibersegurança e do cibercrime à agência europeia responsável pela cooperação policial

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Aceitação da candidatura do Politécnico teve em conta o percurso da instituição na área da cibersegurança,
Ricardo Graça/Arquivo

O Instituto Politécnico de Leiria foi seleccionado para integrar o mais recente grupo consultivo para a investigação e desenvolvimento do Centro Europeu do Cibercrime da Europol, a agência europeia para a cooperação policial, que irá dar apoio na área do cibercrime e da cibersegurança.

O objectivo, explica uma nota de imprensa do Politécnico, é “apoiar os organismos responsáveis pela aplicação da lei na investigação e combate ao cibercrime”, reforçar a sensibilização para o cibercrime no seio dos parceiros académicos e de investigação e “criar um fórum para a partilha de conhecimento, investigação e inovação no domínio do cibercrime com o meio académico”.

Naquele comunicado, o Politécnico esclarece que a sua aceitação naquele grupo surge na sequência da abertura de candidaturas por parte da Europol, que teve em conta o percurso da instituição na área da ciber-segurança, nomeadamente, de investigação sobre cibercrime, desenvolvimento de ferramentas informáticas e de produtos técnicos aplicados à luta contra o cibercrime, bem como de programas de ensino relacionados com estas áreas.

“A aprovação da nossa candidatura e a integração neste grupo restrito da Europol é um orgulho para toda a instituição e o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver na área da cibersegurança”, assinala Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria, frisando que tem sido “uma área estratégica” para a instituição.

Além de um mestrado em ciber-segurança e informática forense, em funcionamento desde o ano lectivo de 2017/2018, o Politécnico aderiu também ao Programa Nacional na Área da Cibersegurança, “no âmbito do qual têm sido celebrados memorandos de entendimento com o Governo e estabelecidos diversos protocolos de cooperação com as principais forças de segurança nacionais”, frisa Carlos Rabadão, que destaca ainda o facto de a instituição integrar o Centro de Competências em CiberSegurança da Região Centro (CCC-Centro).

“É inegável que a ciber-segurança é uma necessidade para todas as organizações, qualquer que seja a sua dimensão. Essa percepção tem crescido nos últimos anos, muito por força dos ciber-ataques ocorridos em grandes empresas e instituições, assistindo-se a uma grande evolução na maturidade das organizações em Portugal”, refere o presidente do Politécnico.

Reconhecendo que “há uma cada vez maior consciência para esta problemática”, Carlos Rabadão defende, no entanto, que “é preciso fazer ainda mais para promover um maior conhecimento junto das empresas e instituições”.