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Surma, um avatar e um espectáculo em realidade virtual: “Muito intenso”

2 dez 2020 18:19

A artista de Leiria é a anfitriã do Betclic PlayMinds, um concurso inovador que reúne oito músicos online numa batalha por uma bolsa de criação

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Débora Umbelino durante a produção do Betclic PlayMinds
Betclic PlayMinds

Está a chegar o concurso de talentos do futuro, algo do género o mundo da música dentro de 50 anos. Como num episódio da série Black Mirror ou numa cena do filme Blade Runner, artistas e público vão surgir representados por avatares num cenário de realidade virtual. E a anfitriã também: Débora Umbelino, de Leiria.

Surma na apresentação do evento Betclic Playminds, uma batalha entre duplas até ao prémio final, com que a marca de apostas online pretende proporcionar novas possibilidades de comunicação e interactividade.

Surma em modo avatar e aparência inspirada no ambiente da animação japonesa.

E os músicos PZ, Tiago Nacarato, Capicua, Da Chick, Marta Ren, Marfox, Selma Uamusse e Xinobi a actuar com material inédito.

O Betclic Playminds acontece online, na quinta-feira, 10 de Dezembro, mas as gravações já terminaram e Surma diz ao JORNAL DE LEIRIA o que esperar: “Preparem-se para ouvir coisas muito fora”.

Foto: Betclic PlayMinds

Surma gravou sozinha em estúdio, com capacete e sensores de captação de movimento, como se estivesse “no Coliseu”.

Um dia, 17 horas de trabalho, “desafio muito grande” para quem se estreia no papel de host e diz ser “muito tímida e reservada”.

Tudo “muito intenso”, reconhece. Mas também “muito bom”. O balanço dificilmente podia ser melhor: “Repetia tudo desde o início”.

A organização quis a artista de Leiria pela imagem irreverente e sonoridade contemporânea e ela própria se confessa entusiasmada com “todo o conceito” que junta “nomes incríveis da música”, de “géneros muito distintos”.

Sorteados em duplas – Marta Ren com Xinobi, Da Chick com PZ, Selma Uamusse com Marfox e Capicua com Tiago Nacarato – os concorrentes tiveram 48 horas para criar uma nova obra em colaboração.

Os autores da melhor canção recebem uma bolsa de criação e o público terá uma palavra a dizer: pode contribuir para uma segunda bolsa, cujo valor final será dividido pelos restantes músicos.

Além do bilhete normal de acesso online ao Betclic Playminds, há 100 bilhetes premium que permitem criar um avatar personalizado visível para todos os espectadores.

Num momento em que a pandemia coloca o sector da cultura numa crise sem precedentes, reforçada pelo cancelamento ao adiamento de concertos, o projecto com a marca Betclic propõe um novo território para a relação entre os artistas e o público.

A organização anuncia “um universo paralelo, de VR e infinitas possibilidades”.

Surma será igualmente a voz dos conteúdos Moving Image criados no âmbito do Betclic PlayMinds, descritos assim: “Filmes inovadores que pretendem traduzir não apenas o futuro que estamos a antecipar, mas também explorar as questões a que importa responder, do indivíduo vs colectivo, do real vs virtual, do presente vs futuro”.