Economia
Valorização sustentável de nutrientes da aquacultura venceu Ocean Hackathon
Proposta vai agora representar Portugal na Grande Final da competição, que se realiza em Dezembro, em Brest, França
A valorização sustentável de nutrientes da aquacultura em soluções circulares de base biológica, liderado pela AmpliAqua (Nazaré), foi o vencedor da segunda edição do Ocean Hackathon, que decorreu na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria.
Nomeado Circularponic, esta proposta vai agora representar Portugal na Grande Final da competição, que se realiza em Dezembro, em Brest, França.
Na sessão de 48 horas, sem interrupção, do Ocean Hackathon, participaram 30 participantes e 20 especialistas de diferentes áreas, que apoiaram as equipas, assim como de representantes de organizações académicas e não-académicas de sete países e 13 nacionalidades.
Os participantes uniram esforços para criar protótipos capazes de responder a desafios globais submetidos por entidades nacionais e internacionais, com base na análise e utilização de dados.
Em comunicado, o Politécnico refere que, “integrado na rede global Ocean Hackathon, lançada em Brest, França, pelo Campus Mondial de la Mer, a competição decorreu em simultâneo em 11 cidades de todo o mundo, de Victoria, no Canadá, até Kuala Lumpur, na Malásia, ligando Portugal a uma rede global de inovação azul.”
Nesta edição, foram abordados cinco desafios, com foco em temas ligados ao oceano, como a rastreabilidade, a aquacultura, a biodiversidade e os micro e nanoplásticos.
“O resultado foi um evento de enorme sucesso e soluções de elevado mérito técnico e científico com forte potencial de aplicação”, afirma Celso Alves, investigador e responsável pela organização local, que contou com o apoio dos parceiros desta iniciativa cofinanciada pela União Europeia, Blue Bio Techpreneurs.
Na mesma nota, Alves sublinha que “não se tratou apenas de encontrar um vencedor, mas de viver dois dias intensos de conexões, criação de redes, criatividade, partilha de conhecimento e espírito inovador”.
Sérgio Leandro, director da ESTM e coordenador científico do Smart Ocean Hub Azul Peniche, destaca que “iniciativas como esta promovem a co-criação, o trabalho colaborativo e o espírito empreendedor entre os estudantes, incentivando a aplicação prática do conhecimento e a geração de soluções inovadoras com impacto no território”.
Sublinha que também houve um contributo significativo para a consolidação do ecossistema de inovação que está a ser desenvolvido em Peniche, tendo como elemento central o Hub Azul Peniche – Smart Ocean.
O evento foi coorganizado pelo Pólo de Peniche da Rede Hub Azul – Smart Ocean (Parque de Ciência e Tecnologia do Mar de Peniche) e Blue Bio Techpreneurs, cofinanciado pela União Europeia, em parceria com a ESTM do Politécnico de Leiria, o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, o município de Peniche e a Rede Hub Azul Portugal.