Sociedade

Vinho Medieval de Ourém já tem Confraria

30 jun 2022 17:54

“Reforçar” a promoção e defesa de vinho medieval, que utiliza o mesmo método de produção há cerca de 850 anos, são os principais objectivos da confraria.

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Entronização dos primeiros confrades teve lugar esta quinta-feira no Paços dos Condes do Castelo de Ourém
CMO

“Reforçar” a promoção e defesa de um produto “único”, cujas origens remontam à fundação de Portugal e que segue o mesmo método de produção desde há 850 anos, é o principal objectivo da Confraria do Vinho Medieval de Ourém, formalizada esta quinta-feira, com a entronização dos primeiros confrades.

António Lopes, presidente da direcção da VitiOurém e grão-mestre da confraria, frisa que se trata um “património histórico”, que constitui “uma marca relevante” de Ourém e que “deve ser um dos embaixadores privilegiados deste concelho”.

“É importante, por isso, manter, preservar e valorizar este património. Daí, a razão da criação da Confraria do Vinho Medieval de Ourém”, explica o dirigente, citado numa nota de imprensa da VitiOurém, entidade promotora da confraria.

No âmbito da estratégia de valorização deste vinho, está também prevista a instituição de uma câmara de provadores, para “complementar o trabalho já efectuado” e apoiar localmente os pequenos viticultores, “para que vejam o seu produto valorizado em termos de mercado e assim mantenham vivo este património”.

A cerimónia de oficialização da confraria teve lugar no Paço dos Condes do Castelo de Ourém, com a entronização como confrades de várias individualidades que desempenharam papéis “decisivos” na instituição da DOP (Denominação de Origem Protegida) Medieval de Ourém e na promoção e defesa deste produto

Entre os confrades estão os antigos autarcas Armando Neto, David Catarino, Mário Albuquerque e Sérgio Ribeiro e o ex-secretário de Estado da Agricultura Carlos Duarte. A Câmara de Ourém foi elevada ao estatuto de Confrade de Mérito.

História

O Vinho Medieval de Ourém, cujo método de produção é certificado, tem origens que remontam à fundação da nossa nacionalidade, quando foi instituída em Portugal a ordem de Cister liderada por Bernardo de Claraval. Foram os monges cistercienses que trouxeram para o País os novos métodos de fazer agricultura e onde se incluiu também a produção de vinho.