Sociedade
Visita pascal em carrinha de caixa aberta, de carro ou a pé
Párocos encontram alternativas para assinalar o momento, mantendo o distanciamento social recomendado.
De carro, com colunas de som incorporadas, de carrinha de caixa aberta ou a pé pelas ruas, com os fiéis confinados às suas casas ou jardins. Estas foram algumas das formas encontradas por párocos da região para dar as boas festas aos seus paroquianos, substituindo a visita pascal tradicional, que inclui a entrada de casa em casa a dar o crucifixo a beijar (Compasso Pascal) e que, este ano, foi cancelada devido à Covid-19.
Na nota pastoral que publicou sobre a celebração da Páscoa em tempos de pandemia, o bispo de Leiria-Fátima sugeria isso mesmo: “onde for oportuno, revestido de alva e estola branca, o sacerdote poderá sair da igreja e abençoar, da rua, as casas com a água benta da vigília” e “sempre sem prejuízo das recomendações das autoridades de saúde para este tempo de pandemia".
Na paróquia de Porto de Mós, o padre está, desde o Domingo de Páscoa e até ao próximo dia 26, a percorrer os vários lugares. O percurso é feito com o sacerdote no meio da rua, acompanhado de um carro equipado com colunas. “As famílias que queiram a bênção”, devem assomar às varandas e aos jardins e “não há qualquer aproximação de pessoas nem o beijar da cruz”, pode ler-se no comunicado que divulga o programa da visita.
Também no concelho de Porto de Mós, mas em Alqueidão da Serra e Alcaria, o pároco está a percorrer as ruas da freguesia, a pé e acompanhado apenas de um colaborador, que vai tocando um sino e “mantendo a distância recomendada”. A partir da rua, saúde e dá a bênção àqueles que se encontram à janela, nas varandas ou jardins.
“Mesmo à distância, as pessoas sentem a nossa presença. É um sinal de esperança que queremos levar, nestes tempos de tristeza e dificuldade”, refere o padre Vítor Mira.
Na paróquia da Caranguejeira, o padre percorreu, no domingo, as principais ruas da freguesia, numa carrinha, transportando a imagem de Jesus Ressuscitado.