Opinião
Fios
Fui um dia destes ao Te-Ato ver “O Fio da Linha do Horizonte”, um espectáculo com texto, encenação e interpretação de João Lázaro.
É bom quando vou a teatro, ver seja o que for e onde for, e me acontece uma coisa boa. Nem sempre é muito claro para mim por que é que essa coisa é boa, na verdade. Mas sei que a prática de muitos anos me há de ajudar a encontrar uma justificação e a elaborar um discurso coerente para valorizar ou desvalorizar o que experimentei, seja coisa boa, coisa só ou coisa má.
O mais difícil é sempre traduzir esse je ne sais quoi que nos envolve quando nos deixamos perder no jogo puro da ilusão cénica e nos esquecemos de tudo o resto.
Aborrece-me ficar preso no rigor dos movimentos, na respiração e no tempo dos actores, nas pequenas imperfeições rítmicas, nas narrativas de pacotilha, nos efeitos supérfluos, nas réplicas inúteis ou mal construídas, nos espaços mal iluminados, na deficiente projecção ou articulação das palavras e sei lá mais o quê. E porém, às vezes, não é assim. Coisa boa.
Fui um dia destes ao Te-Ato ver “O Fio da Linha do Horizonte”, um espectáculo com texto, encenação e interpretação de João Lázaro.
Um homem soz
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