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ÁGORA transforma Castelo de Leiria em laboratório de fusão de disciplinas artísticas

9 ago 2025 16:00

Entre os dias 19 e 21 de Setembro, os visitantes poderão interagir com o património histórico enquanto desfrutam de programação diversificada

Os Memória de Peixe irão explorar os múltiplos géneros que definem a sua identidade sonora viva e crua
Os Memória de Peixe irão explorar os múltiplos géneros que definem a sua identidade sonora viva e crua
Anna Bobyreva
Pedro Almiro mergulha no encontro entre o acústico e o electrónico
Pedro Almiro mergulha no encontro entre o acústico e o electrónico
DR
Aliu Baio irá fazer a música ao vivo do cine-concerto de Raquel André
Aliu Baio irá fazer a música ao vivo do cine-concerto de Raquel André

Abdullah Miniawy traz o Egipto ao coração de Leiria. O artista e poeta apresenta The evens, Rahma, um espectáculo no Castelo de Leiria, no âmbito do ÁGORA, onde os instrumentos de sopro formam uma ponte entre culturas.

A iniciativa cultural que vai buscar o seu nome ao espaço central da vida nas antigas cidades-estado gregas, acontece na antiga fortaleza medieval, símbolo de Leiria, e regressa, para propor um programa de criação, programação e formação, com foco em música, artes performativas e instalações artísticas, interagindo com o património histórico e cultural do local.

Tó Trips & Fake Latinos, que também sobem ao palco, prometem surpreender o público. O antigo guitarrista dos Dead Combo une forças e talento com Alexandre Frazão, António Quintino e Helena Espvall num trabalho que quebra fronteiras musicais.

Do norte do País, os Memória de Peixe chegam com o seu novo álbum III na bagagem, prontos a explorar os múltiplos géneros que definem a sua identidade sonora viva e crua. Já Pedro Almiro, percussionista e compositor, mergulha no encontro entre o acústico e o electrónico, enquanto Raquel André propõe uma viagem cinematográfica com Belonging | E di | Pertenencia | Zugehörigkeit | Pertença | 絆, cine-concerto que fala línguas da pertença.

O ÁGORA regressa entre 19 e 21 de Setembro, mas, desta vez, com uma mudança no formato. Em vez de três semanas, o programa está concentrado em três dias de evento, "onde diferentes territórios artísticos dialogam num dos ícones maiores do património histórico-cultural da cidade de Leiria", como explica uma nota da Omnichord Records, promotora do evento.

As muralhas medievais preparam-se para acolher conversas entre disciplinas que raramente se cruzam. O castelo deixa de ser apenas cenário para se transformar em laboratório de experimentação de cruzamento entre música, poesia, cinema e performance.

A organização promete mais revelações em breve, com o fim de "fazer do Castelo de Leiria um espaço singular de criação, diálogo e partilha".

O bilhete habitual do monumento garante entrada no festival e os residentes do concelho beneficiam de acesso gratuito. A lotação, contudo, respeita os limites físicos dos espaços históricos, transformando cada momento numa experiência de proximidade e intimidade entre artistas e público.