Viver

Arranjos de Daniel Bernardes soam em Nova Iorque no concerto Amália na América

11 out 2025 14:05

Espectáculo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa vai acontecer no famoso Carnegie Hall

arranjos-de-daniel-bernardes-soam-em-nova-iorque-no-concerto-amalia-na-america
O projecto tem consultoria artística de Rui Vieira Nery
Facebook Égide

Com a participação dos cantores e solistas Cristina Branco, Raquel Tavares e Ricardo Ribeiro, o maestro Jan Wierzba dirige hoje a Orquestra Sinfónica Portuguesa em Nova Iorque, Estados Unidos, no concerto Amália na América – Além do Fado.

O espectáculo marcado para as 20 horas acontece no Carnegie Hall, um espaço especial, fundado em 1891, que faz parte da história da música.

Os arranjos ficaram a cargo dos orquestradores Carlos Azevedo, Filipe Raposo, Pedro Duarte, Pedro Moreira e, também, Daniel Bernardes, pianista e compositor natural de Alcobaça e antigo aluno do Orfeão de Leiria.

Há cerca de um mês, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) atribuiu a Daniel Bernardes o Prémio Autores 2025 na categoria Melhor Trabalho de Música Erudita, pelo disco City of Glass, que se inspira no texto, com o mesmo título, publicado em 1985 pelo escritor norte-americano Paul Auster, e que abre A Trilogia de Nova Iorque.

O concerto deste sábado no Carnegie Hall é uma iniciativa da Égide – Associação Portuguesa das Artes, em coorganização com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no âmbito da celebração dos 40 anos da Fundação.

No site da Égide, um texto da autoria do musicólogo Rui Vieira Nery lembra que “em 1952, Amália Rodrigues conquistou o público norte-americano ao cantar no clube noturno La Vie en Rose em Nova Iorque” e que “o seu sucesso renovou-se em prestigiadas salas como o Hollywood Bowl, o Lincoln Center e o Carnegie Hall”.

“O repertório de Amália nos Estados Unidos combinava fados tradicionais, fados-canção de Frederico Valério, canções tradicionais portuguesas e sucessos da Broadway e de Hollywood. Em 1965, gravou dois álbuns: Amália Canta Portugal, com canções tradicionais orquestradas por Joaquim Luís Gomes, e Amália na Broadway, lançado em 1984, com temas do Great American Songbook”, pode ler-se.

“Em 1966, foi solista em concertos sinfónicos com a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e a de Los Angeles, apresentando cantigas tradicionais portuguesas e fados, recebendo grande aclamação”, escreve Rui Vieira Nery.