Viver
Da foz do Minho à foz do Guadiana, a caminhar e a redescobrir a fronteira
O fotógrafo José Luís Jorge, de Leiria, está a repetir o trajecto do Livro das Fortalezas, mais de 500 anos depois, a pé entre Caminha e o Algarve
Está sentado numa esplanada, numa breve pausa, na segunda-feira em que planeia chegar a Soajo, no concelho de Arcos de Valdevez, com 130 quilómetros percorridos.
É o oitavo dia de caminhada para o fotógrafo José Luís Jorge, que tem o objectivo de chegar ao Algarve e começa por explicar, por telefone, o ponto de partida para o projecto. Chama-se Livro das Fortalezas e é um manuscrito encomendado pelo rei D. Manuel I ao escudeiro Duarte de Armas, em 1509, com desenhos e plantas de castelos ao longo da fronteira entre Portugal e Espanha, de Caminha a Castro Marim.
Na estrada desde 27 de Setembro, José Luís Jorge está, entretanto, a perseguir outra perspectiva, que já considera mais interessante do que a primeira: descobrir o que significa a fronteira, hoje, num país e noutro, 26 anos após a entrada em vigor do acordo de Schengen, que permitiu a livre circulação de pessoas na União Europeia.
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