Viver

Duas exposições individuais mostram no Brasil a obra de Nuno Sousa Vieira

26 ago 2022 09:30

Primeira individual do artista de Leiria no Rio de Janeiro foi inaugurada ontem. Segue-se outra exposição, em São Paulo

duas-exposicoes-individuais-mostram-no-brasil-a-obra-de-nuno-sousa-vieira
"Tenho a vista cansada", exposição no espaço Mul.ti.plo, no Leblon
DR

A primeira exposição individual de Nuno Sousa Vieira no Rio de Janeiro, com o título Tenho a vista cansada, inaugurou ontem, 25 de Agosto, na galeria Mul.ti.plo, localizada no Leblon.

Em Setembro, o artista de Leiria inaugura outra exposição individual, também no Brasil, mas na galeria Raquel Arnaud, em São Paulo, cidade onde já expôs várias vezes.

No Rio de Janeiro, a exposição Tenho a vista cansada está patente ao público até 28 de Setembro.

Segundo a nota divulgada pela Mul.ti.plo Espaço Arte, que apresenta Nuno Sousa Vieira como “um dos mais renomados artistas visuais portugueses”, a exposição inclui nove pinturas inéditas e um vídeo, num projecto concebido exclusivamente para a galeria.

A iniciativa faz parte da programação internacional da Mul.ti.plo durante a 12ª edição da ArtRio, feira de arte que decorre entre 14 e 18 de Setembro.

Os trabalhos reflectem uma das principais particularidades da obra de Nuno Sousa Vieira: a reutilização de materiais que possuem um passado. “Meu interesse é que esses materiais voltem a atrair o olhar das pessoas, mesmo que de outra forma. É a prova de que podemos organizar o mundo de outra maneira”, explica, citado no comunicado de imprensa.

O artista recorre também à palavra, no verso dos trabalhos. “As obras trazem palavras escritas, que não vemos claramente. Só as percebemos através das superfícies marcadas pelo tempo, dos vidros acrílicos que as compõem”, esclarece Rita Gaspar Vieira, responsável pelo texto que acompanha a exposição.

Na sala dois, o destaque é uma vídeo-obra, de 2011, com aproximadamente oito minutos. “O vídeo relata o emparedamento da entrada do meu ateliê, e sempre que o trabalhador entra em cena o vídeo é cortado e só volta quando o trabalhador sai. A obra procura reflectir sobre a invisibilidade física do operário em prol da visibilidade da consequência do seu labor”, comenta Nuno Sousa Vieira.

Depois do Rio de Janeiro, a exposição na galeria Raquel Arnaud, em São Paulo, inaugura a 10 de Setembro.