Abertura

Homens de casca rija mantêm tradição na Lagoa de Óbidos

26 jun 2025 08:00

Em dias de calor ou de Inverno rigoroso, apeados ou em pequenos barcos, com redes ou em apneia, um grupo de homens entra na Lagoa de Óbidos para extrair marisco e enguias. A tradição é exigente, mas valiosa para a economia local

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Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

Quem o vê de fato de mergulho, a sair da Lagoa de Óbidos carregado de amêijoas, dificilmente imagina que Rui Elias conta 63 anos, 40 dos quais dedicados ao ofício de mariscador. A idade parece não lhe pesar, mesmo quando a sua arte o obriga a várias horas de apneia intermitente.

Foi neste vai e vai de mergulhos, neste remexer de areia, que o JL encontrou um grupo de mariscadores, gente rija que mantém viva a tradição na Lagoa de Óbidos e impulsiona a economia local.

Natural do Vau, Rui foi operador de máquinas numa indústria, mas desistiu para abraçar a actividade que o seu pai já tinha. Herdou dele a embarcação e o gosto por mariscar. “É muito difícil e já devia estar reformado. Mas gosto disto, se não nem andava aqui. Os ossos já rangem, mas ainda me aguento”, conta o mariscador, num misto de valentia e teimosia.

Do grupo, que entrou na água às 6 da manhã

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