Desporto

Indianos em Leiria não passam sem o 'cricket'

2 nov 2017 00:00

Paixão. Equipa composta por estudantes indianos do ensino superior e portugueses está a mostrar como se joga o desporto de origem britânica, em Leiria.

Fotografia: Ricardo Graça
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Jacinto Silva Duro

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Na região, há formações com britânicos, australianos e paquistaneses que querem formar uma selecção para competir no campeonato do Mundo.

Num final de tarde quente de Outubro, Rakesh Reddy, Richard Jones, Kalyan Sagar e Guru Karan espalham-se por um recinto junto ao Convento dos Capuchos, em Leiria. Cada um destes quatro jovens, estudantes de mestrado no Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e oriundos do sul da Índia, sabe exactamente onde deve estar e o que se espera deles.

Vieram para as suas horas diárias de “recolhimento”, reflexão e… para jogar aquele que é considerado o desporto nacional da Índia, o cricket. Embora seja disputado a uma velocidade muito mais lenta do que o futebol, os jogadores explicam que é um jogo de emoções fortes e imersão total.

Costumavam jogar no recinto do IPL, mas foram obrigados a procurar um novo local, devido às dimensões exíguas do campo. O cricket precisa de espaço para correr e bater as bolas. Da janela do apartamento onde vivem no Bairro dos Capuchos, viram uma zona plana ao lado do convento em ruínas e resolveram ir lá dar uma tacadas.

Imediatamente o espaço passou a ser uma espécie de local de recolhimento para uma “peregrinação religiosa” diária, mas em vez de irem à igreja ou ao templo, recolhem-se em meditação dentro do campo de cricket, com a restante equipa. Com idades compreendidas entre os 24 e 26 anos, estão há pouco tempo em Portugal e comunicam em Inglês.

Rakesh estuda na área do Turismo, Richard, em Gestão, Kalyan, Engenharia Civil, e Guru, em Computação Móvel. Por virem da mesma região, ficaram amigos e, para passar o tempo, começaram a praticar o seu desporto favorito, o cricket. Ao todo, são cerca de 15 os jogadores, mas no dia combinado com o JORNAL DE LEIRIA, os restantes estavam em aulas ou a trabalhar.

"Precisávamos de tirar as preocupações da mente. Estávamos sempre fechados em casa, a estudar, e apetecia-nos sair e apanhar ar", conta Rakesh, que é uma espécie de porta-voz informal de uma equipa que também é muito informal. Ao sábado e domingo, a equipa junta-se toda para cinco a seis horas de treino.

“Não há um indiano que não seja bom a jogar cricket, diz Richard Jones, que adianta ser fã de futebol e de Cristiano Ronaldo. “Em Roma, sê...”

A equipa não é só composta por estudantes estrangeiros. Entre os jogadores habituais, também, há portugueses numa formação que já disputou partidas contra a equipa de Miranda do Corvo (Coimbra), formada essencialmente por imigrantes britânicos, e contra o Amigos Cricket Club, de Ansião (Leiria), também composta por imigrantes do Reino Unido, da Austrá

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