Viver
Maciço. Uma tonelada de barro a ligar o diálogo entre a dança e a câmara
É apresentada hoje pela primeira vez em Leiria a nova criação da companhia Corpo, em que dois oleiros vão a palco no elenco de bailarinos e a dança interage com o barro e com a linguagem audiovisual
Maciço inspira-se no cenário das serras de Aire e Candeeiros, e nas estórias que os artistas lá encontraram em residência artística, para reflectir sobre o vínculo entre a Humanidade e a Natureza.
Todo o processo de criação do espectáculo está registado em vídeo por Rafael Almeida e o realizador identifica a subida à Fórnea (em Porto de Mós) como o lugar e o momento em que o equipamento tecnológico deixou de ser um género de intruso para se tornar mais um intérprete no elenco.
“Quando chegámos à gruta, aquele elemento já estava tão ligado a tudo que já não era estranho, já fazia parte”.
A nova performance transdisciplinar da companhia Corpo, em que a dança estabelece diálogos com o barro e com a linguagem audiovisual, é apresentada pela primeira vez em Leiria no sábado, 6 de Maio, pelas 21:30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva.
O documentário, o vídeo-dança e as imagens exibidas em palco procuram responder ao mesmo desafio: “Como filmar algo que é tão grandioso?”
“Este projecto transformou-me, se calhar, na minha forma de ver a Natureza”, concede Rafael Almeida. “Para todas as pessoas que participaram nele penso que foi muito poderoso”.
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