Sociedade

Movimento contesta linhas de muito alta tensão

27 jan 2024 09:00

Movimento contesta a existência de linhas de muito alta tensão nas freguesias de Turquel e Benedita

movimento-contesta-linhas-de-muito-alta-tensao
Grupo de moradores mostra-se preocupado com impacto das linhas na saúde
Ricardo Graça/Arquivo
Daniela Franco Sousa

Um grupo de populares, que integram o movimento Lesados-Linhas de Muito Alta Tensão, e que contesta a existência de linhas de muito alta tensão nas freguesias de Turquel e Benedita, em Alcobaça, manifestou-se este mês, junto ao Parlamento, para exigir que as linhas sejam deslocadas para zonas desabitadas, na serra dos Candeeiros.

À Lusa, Lino Henriques explicou que em causa estão linhas de alta e de muito alta tensão que desde a década de 1970 atravessam várias aldeias destas freguesias, e que o movimento acredita poderem estar relacionadas com o surgimento de problemas de saúde em pessoas que habitam próximo da rede eléctrica.

O morador exemplificva com casos de “malformações” e “tumores cerebrais”. O protesto, contextualizou o morador à Lusa, surge numa altura em que a Redes Energéticas Nacionais (REN), empresa responsável por garantir o transporte de electricidade em muito alta tensão, “está a fazer uma intervenção na rede, a substituir postes antigos por outros mais elevados”.

Segundo Lino Henriques, entretanto o movimento também enviou carta à REN, não tendo obtido resposta.

“Há um grupo de moradores que se mostra preocupado com os impactos das linhas de alta tensão, estamos do lado da população”, declarou o presidente de Câmara de Alcobaça ao nosso jornal.

No entanto, realça Hermínio Rodrigues, “têm de haver estudos científicos que suportem as preocupações para saber como agir”.

Contactada pelo JORNAL DE LEIRIA, a presidente de Junta da Benedita disse ter “conhecimento da existência de algum movimento desta natureza, onde a junta não participou”. Já a Junta de Turquel não prestou declarações.

Em nota de imprensa, a CDU de Alcobaça faz saber que “está solidária com todos os movimentos de cidadãos que vivem, habitam e trabalham e que temem pela sua saúde, nomeadamente devido às linhas de alta tensão e muita alta tensão”, disponibilizando-se a envolver autarcas do concelho a “pressionar” a REN.