Sociedade
“Não deixem fugir o investimento da Lusiaves para Leiria”
"Criação da Zona Industrial de Monte Redondo está a 200 à hora!"
A reunião da semana passada da Assembleia Municipal de Pombal foi marcada pela intervenção de Carlos Duarte, empresário e presidente do Guiense, que, em nome próprio, se dirigiu aos elementos do executivo e aos eleitos municipais para expressar a sua preocupação com os atrasos na implantação da nova unidade da Lusiaves anunciada para a Guia e com o atraso no alargamento da zona industrial da freguesia.
“Será que o concelho a sul não está preocupado com o ambiente? O Município de Leiria quer agarrar com toda a força esse investimento!”, reclamou, adiantando que teve acesso a “documentos importantes” e que ficou “elucidado acerca do investimento que se propõem lá criar [em Monte Redondo, Leiria]. Não é o que dizem!”.
O empresário reconheceu que o projecto do Grupo Lusiaves para criar a FabLab, unidade de produção alimentar que a empresa anuncia como sendo uma das mais modernas do País, tem menos e mais-valias, mas que trará novos investimentos e mais postos de trabalho para a vila.
Temendo que o grupo empresarial “perca a paciência” com atrasos e “canalize para Leiria” o investimento, Carlos Duarte pediu ao Executivo que se empenhe e que não “deixe fugir os postos de trabalho” e os milhões de investimento anunciados.
Alertou ainda que é “urgentíssimo” o alargamento da Zona Industrial da Guia, uma vez que, “todas as semanas”, há empresas a solicitar espaços para instalar indústrias e não recebem resposta do lado de Pombal.
“O projecto de criação da Zona Industrial de Monte Redondo está a 200 à hora! Se não nos anteciparmos, essas empresas irão para Leiria com a perda de riqueza que isso implica para a minha freguesia e para o concelho de Pombal.”
O presidente da câmara, Pedro Pimpão respondeu que, no caso da Lusiaves, após a contestação inicial de parte da população ao projecto, foi aprovado, pela câmara, o pedido de informação prévia, com as condicionantes identificadas pela comissão de acompanhamento que juntou representantes de todas as forças políticas presentes na Assembleia Municipal.
“Esperamos agora que o pedido de licenciamento dê entrada na câmara”, disse o autarca.
Em relação à zona industrial, reconheceu um atraso pela necessidade de rever as áreas dos loteamentos.
“Teremos de fazer esse investimento por conta do nosso próprio orçamento, uma vez que sabemos que não haverá comparticipações para ele”, admitiu.