Sociedade

Pedrógão Grande/5 anos: Programa de atracção deve criar 23 empregos nos concelhos mais afectados

15 jun 2022 14:20

Cinco anos depois do incêndio, apenas oito, dos 17 projectos, se encontram completamente executados

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Redacção/Agência Lusa

O programa desenhado para atrair empresas para o território afetado pelo grande incêndio de Pedrógão Grande tem um total de 17 projectos, nove por concluir, que devem criar 23 postos de trabalho nos três concelhos mais afectados.

Cinco anos depois do incêndio, apenas oito, dos 17, se encontram completamente executados, afirmou à agência Lusa a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em respostas por escrito.

Desses 17 projectos, cinco situam-se em Castanheira de Pera (com sete postos de trabalho criados), seis em Figueiró dos Vinhos (oito postos de trabalho) e igual número de projetos e empregos em Pedrógão Grande.

O apoio dado totalizou cerca de 1,2 milhões de euros, referiu a CCDRC.

As actividades económicas variam entre alojamento para turistas, comércio, restauração ou silvicultura, entre outras, com o turismo a dominar no número de projectos, com um total de cinco investimentos.

Já no programa de Sistema de Incentivo à Inovação Produtiva, que tanto previa fixar novos projectos, como apoiar a expansão de empresas já existentes, regista-se uma empresa de Castanheira de Pera que recebeu 2,1 milhões de euros para a manutenção de 79 postos de trabalho e a criação de outros seis.

Neste programa, Figueiró dos Vinhos regista também um projecto, com cinco postos de trabalho criados e outros cinco mantidos, no valor de 2,5 milhões de euros.

Quanto aos avisos para a reposição da capacidade produtiva, pensados especificamente para as empresas afetadas pelo incêndio, foram apoiadas um total de 45 empresas nos três concelhos mais afectados por aquele fogo, num total de 8,6 milhões de euros de ajuda financeira e 190 postos de trabalho salvaguardados.

“Eu não vejo novas empresas a instalarem-se no concelho. Vamos criar incentivos à instalação de novas empresas e criação de emprego, mas vale o que vale, porque o município tem recursos limitados”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, António Lopes.

Já o presidente da Câmara de Castanheira de Pera, António Henriques Antunes, que ocupa o cargo desde as últimas autárquicas tal como o homólogo de Pedrógão Grande, considerou que o anterior executivo aproveitou “pouco esses programas” e revelou que espera em breve acolher uma nova empresa no concelho que deverá criar “28 postos de trabalho”.

O autarca disse ainda que a pandemia veio mostrar as potencialidades dos territórios do interior e do teletrabalho, e explicou que poderá haver “oportunidades” nesse campo, caso os municípios as consigam e as saibam aproveitar.