Sociedade
Politécnico de Leiria é novamente o instituto politécnico que mais pedidos de patente faz
A instituição fez sete pedidos em 2021
O Politécnico de Leiria voltou a ser o instituto politécnico que mais pedidos de patentes fez no ano passado, revelou ontem o Índex de Patentes do IEP 2021.
Com sete pedidos, foi a terceira instituição de ensino superior nacional no ranking, partilhando o posto com a Universidade de Aveiro, após as universidades do Minho e do Porto.
Em 2019, o Politécnico de Leiria foi a sexta instituição de ensino superior com mais pedidos de patentes requeridos, depois das universidades do Minho, Porto, Lisboa, Aveiro e Coimbra.
Os pedidos de patentes feitos em Portugal junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) atingiram um recorde em 2021, com um eaumento de 13,9% para 286, sendo esta das maiores subidas entre os países europeus, foi hoje anunciado.
De acordo com o Índex de Patentes do IEP 2021, hoje publicado, o número de pedidos de patentes oriundos de Portugal a este organismo europeu aumentou 13,9% em 2021, invertendo a tendência negativa do ano anterior, quando os pedidos de patentes caíram 7,7%.
“É o crescimento mais forte na Europa – de entre os países com mais de 200 pedidos de patentes – e mais de cinco vezes a taxa média da União Europeia a 27 de 2,7%”, destaca o IEP em nota à imprensa.
Assim, no ano passado, as empresas, organizações de investigação e universidades portuguesas apresentaram 286 pedidos de patentes ao IEP, o volume anual mais elevado até à data, que compara com totais de 251 em 2020 e de 272 em 2019.
Entre os principais requerentes de patentes em Portugal a este instituto europeu estão a ‘startup’ portuguesa de inteligência artificial para prevenção de fraude nos pagamentos Feedzai (17), a Universidade do Minho (13), a ‘startup’ portuguesa da área da saúde Sword Health (12), a Novadelta, do Grupo Nabeiro (11), a Universidade do Porto (nove), o Instituto Politécnico de Leiria (sete), a Universidade de Aveiro (sete), a OLI Sistemas Sanitários (seis), a Instituto de Investigação da Floresta e do Papel RAIZ (seis) e a empresa de tecnologia marinha Abyssal (cinco).
Entre estes 10 principais requerentes de patentes portugueses, metade são universidades ou institutos de investigação, “o que os torna agentes fundamentais na dinamização da inovação em Portugal”, destaca o IEP.
Por regiões, o Norte volta a liderar o ‘ranking’ regional, mas a sua quota caiu para 40% face aos 56,2% do ano anterior.
Em contrapartida, a região centro registou uma subida nos seus pedidos de patentes em 133,3%, passando a deter uma quota de 31,9% do total de pedidos de patentes com origem em Portugal, contra 15,7% no ano anterior.
Já por sectores, os pedidos relativos à tecnologia informática mais do que triplicaram em 2021 (de 10 para 32), fazendo desta a área tecnológica com maior número de pedidos de patentes em Portugal.
Em segundo lugar ficaram os pedidos de patentes em biotecnologia, que cresceram 82,4%, enquanto a tecnologia médica, anterior líder, ficou em terceiro lugar, com uma queda nos pedidos de patentes de 3,3%.
No conjunto europeu, o IEP recebeu um total de 188.600 pedidos de patentes em 2021, um aumento de 4,5% após um ligeiro decréscimo em 2020, com a comunicação digital e a tecnologia informática a registarem o crescimento mais forte.
Por empresas, as asiáticas lideram o ‘ranking’ dos pedidos europeus, tendo a fabricante chinesa Huawei liderado as solicitações de patentes junto do IEP em 2021 (como em 2019), seguida pela líder de 2020, a tecnológica sul-coreana Samsung, e depois a empresa de equipamentos electrónicos LG.
Citado pela nota, o presidente do IEP, o português António Campinos, observa que “a elevada procura de patentes no ano passado demonstra que a inovação se tem mantido robusta”.
O IEP é uma das maiores instituições de serviço público na Europa que trabalha com procedimento centralizado de patentes válidas em 44 países e abrangendo um mercado de 700 milhões de pessoas.