A Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSL ei), que está a comemorar 40 anos de existência, vai a eleições no próximo dia 19 de Novembro. Concorrem à liderança da direcção três professores, cujas principais linhas de cada um o JORNAL DE LEIRIA apresenta. Clarisse Louro, directora da ESSL ei desde 2015, recandidata-se ao lugar.
Especialista em Saúde Pública e em Saúde Comunitária, é mestre em Enfermagem e doutora em Ciências da Enfermagem.
Durante os 32 anos da sua vida profissional como docente na Escola Superior de Enfermagem de Leiria, e na Escola Superior de Saúde de Leiria, foi coordenadora da Licenciatura em Enfermagem e do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar. É, até à data, presidente do Colégio da Especialidade de Saúde Comunitária e Saúde Pública da Ordem dos Enfermeiros.
Rui Fonseca-Pinto é professor adjunto no Politécnico de Leiria, inicialmente apenas na Escola Superior de Tec nologia e Gestão e, desde 2010, também na ESSLei.
Licenciado em Matemática, possui o mestrado em Matemática Aplicada (Física Matemática) e o mestrado integrado em Medicina. Possui ainda o curso de especialização em Física Médica e Engenharia Biomédica e o doutoramento em Engenharia Biomédica e Biofísica.
É investigador no Instituto de Telecomunicações na delegação de Leiria e membro integrado do ciTechCare – center for Innovative care and health technology do Politécnico de Leiria.
Sandra Amado é professora adjunta, coordenadora da licenciatura em Fisioterapia e secretária do Conselho Técnico-Científico da ESSLei.
Formada em Fisioterapia, é doutorada em Motricidade Humana, na especialidade de Fisioterapia. É investigadora no Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentável do Produto (CDRsp) e colaboradora no ciTechCare, do Politécnico de Leiria e também no Neuromechanics/CIPER da Faculdade de Motricidade Humana.
Desenvolve a sua investigação em equipas multidisciplinares e lidera ainda uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, CIPER e CDRsp, de médicos veterinários, engenheiros, especialidades do exercício e biomecânica.
Clarisse Louro
Estou a concluir o mandato iniciado há quatro anos quando, sem qualquer candidatura à Direcção da ESSLei, o então presidente do Politécnico de Leiria, nos termos da Lei, e numa demonstração de confiança que naturalmente me orgulha, me convidou para o assumir. Por imperativo de dever aceitei esse convite. É pelo mesmo imperativo que agora decidi candidatar-me para dar continuidade a esse mandato, aceitando um conjunto de desafios. O desafio de continuar a consolidar a afirmação da ESSLei como uma escola de referência para a região e para o País. De promover nacional e internacionalmente o estatuto de excelência da investigação da ESSLei, pela qualidade e mérito da sua produção científica e tecnológica e por elevados padrões de qualidade no aprofundamento, construção e difusão do conhecimento científico. O desafio do crescimento e das respostas a esse crescimento, em particular os de investimento que lhes estão associados, alguns já em curso. O desafio do Centro Académico Clínico (CAC), o ambicioso projecto que lancei com a participação de vários intervenientes da comunidade académica e da comunidade civil para prestar serviços interprofis-sionais, transdisciplinares e interinstitucionais qualificados, de relevância académica e científica, com forte impacto regional na melhoria das condições de saúde dos cidadãos. Candidato-me por entender que disponho de um profundo conhecimento da minha escola, e das condições pessoais, profissionais e humanas que me permitem responder a todos estes desafios.
Rui Fonseca-Pinto
Uma escola aberta, mais ambiciosa e munida de um planeamento estratégico para poder acompanhar as mudanças e projectar o futuro da saúde, constitui a principal razão da minha candidatura. Proponho uma nova etapa para a ESSLei que passa inicialmente pela afirmação interna, e que olha para a região e convoca os parceiros da saúde, do sector social, e empresarial para esta mudança de paradigma. Proponho uma acção que tem ambição de liderança nacional inspirada no dinamismo desta região, e uma visão estratégica internacional tendo como pivot a nossa língua mas que pode afirmar-se também fora dela pela inclusão deste projeto em redes no âmbito do espaço europeu de inovação e ensino superior. O ensino superior de referência é indissociável da investigação de qualidade. A projeção da ESSLei passa por promover esta relação, aliando inovação pedagógica à capacidade de integrar nesta prática conhecimento produzido no seio da investigação que fazemos internamente. Esta dimensão é diferenciadora, sinérgica e traz o prestígio que pretendo para ESSLei e que permitirá alavancar a qualidade da nossa formação, a empregabilidade, a realização profissional dos nossos diplomados, e o crescimento da escola nas áreas emergentes da saúde. Esta candidatura apresenta uma visão assente em três eixos: ensino e formação, investigação e transferência de conhecimento, e gestão e planeamento estratégico. Para atingir os objectivos proponho um referencial de valores baseados no rigor, na promoção do mérito, e na inovação e sustentabilidade.
Sandra Amado
Interdependência transformativa: Respeitar o passado, potenciar o presente e ambicionar o futuro! A minha candidatura apoia-se nas bases programáticas do actual presidente do Politécnico de Leiria, uma vez que as mesmas devem tomar forma com a participação plena da Escola Superior de Saúde (ESSLei). Pauta-se por princípios de gestão democrática, valorização dos profissionais, qualidade de ensino e investigação, parceria escolacomunidade e autonomia dos estudantes. A experiência pessoal e profissional como docente, investigadora, coordenadora de curso, conselheira do Conselho Pedagógico e do Conselho Técnico Científico, permite-me analisar os desafios desta organização académica comprometida com a participação e o sucesso dos estudantes. No respeito pelo passado da ESSLei, no conhecimento profundo das áreas científicas que a sustentam, esta candidatura visa reforçar a diversidade e vitalidade de uma escola em constante mudança numa instituição em evolução. Ambiciona-se criar condições para implementar programa doutoral. É urgente redesenhar a educação e investigação na promoção de competências transversais em saúde numa estratégia de aprendizagens mútuas, partilha de soluções resultantes da interdependência global, alimentadas pela aceleração de fluxos de conhecimento, tecnologias, financiamentos, bem como pela migração transnacional de profissionais e utentes. Esta estratégia interdependente permite a transformação e optimização da acção integrativa assistida pela tecnologia.