Sociedade

Vieira de Leiria: Biblioteca completa 88 anos de portas fechadas

1 dez 2020 18:29

Pandemia colocou em dificuldades a colectividade mais antiga da localidade

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Colectividade assinalou 88.º aniversário com a presença dos autarcas locais
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A entrega de diplomas aos sócios que completaram 25 e 50 anos de ligação à instituição marcou hoje a cerimónia que assinalou os 88 anos da Biblioteca de Instrução Popular (BIP), a mais antiga colectividade de Vieira de Leiria.

Impedida, devido à pandemia de Covid-19, de realizar o tradicional jantar de aniversário, que costuma juntar dezenas de associados, a BIP assinalou os 88 anos com uma cerimónia simples que contou com a presença dos presidentes da Câmara da Marinha Grande, Cidália Ferreira, e da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, Álvaro Cardoso, bem como a vereadora da Cultura do município, Célia Faustino Guerra.

Na ocasião, o presidente da Assembleia Geral da BIP, Rui Rodrigues, depois de enaltecer o arrojo do grupo de jovens que, há 88 anos, fundou a colectividade, apelou à presidente da Câmara para que, nestes tempos de pandemia, “olhe para estas instituições” de cariz cultural no concelho, “que estão numa completa agonia para fazer face aos compromissos”.

Cidália Ferreira assinalou, por sua vez, o “grande leque” de gente da cultura e do desporto que tem tido origem na freguesia de Vieira de Leiria e agradeceu “a dedicação” dos sócios, que têm permitido a continuidade de colectividades como a BIP.

Já Álvaro Cardoso, depois de homenagear os fundadores da BIP, pela “ousadia” que tiveram, sublinhou que a comunidade vieirense “está grata” pela acção que tem vindo a ser desempenhada por esta casa de cultura.

A presidente da Direcção da Biblioteca, Catarina Barreto, aproveitou para dar uma panorâmica do que tem sido a vida da instituição em pandemia.

“Não tem sido fácil, o Mundo vive uma pandemia nunca imaginada e que nos tem trazido consequências menos boas. As portas fecharam-se, deixou de haver actividades, o rancho parou, ficámos sem o nosso contínuo e cobrador de quotas, a BIP tornou-se, como tantas outras, uma casa fantasma”, disse Catarina Barreto.

Frisou, no entanto, que, “apesar de todas as dificuldades e com constantes adaptações”, a Direcção vai “tentando cumprir os objetivos delineados e dar o melhor em prol da casa, agradecendo sempre a todos os sócios, que são, sem dúvida, a peça fundamental para que a BIP possa continuar com o propósito a que se propôs: instruir é construir”.