Opinião
O genocídio do povo palestiniano e os seus cúmplices
Como é possível que um país, que nasceu do próprio Holocausto, possa estar a cometer um genocídio?
O que mais tem o Estado genocida de Israel de fazer para a comunidade internacional intervir para acabar com o massacre do povo palestiniano nos territórios ocupados?
Desde outubro do passado ano, o regime genocida e terrorista de Israel continua o assassinato em massa de civis em Gaza. Nada justifica as atrocidades de Israel. O genocídio do povo palestiniano é a todos os níveis inaceitável. A invocação do Holocausto, memória do genocídio de judeus pelos nazis, para legitimar o que Israel está a fazer em Gaza é desonesto e uma ofensa aos próprios judeus. Como se prova, em particular nos Estados Unidos da América, onde muitos judeus levantaram a voz para dizer que não reconhecem o regime de Israel como seu representante.
O uso da memória do Holocausto já deixou de ser a manifestação da consciência histórica das atrocidades que foram cometidas sobre os judeus durante 2ª grande guerra, para se tornar uma representação de hipocrisia do ocidente.
Quase todos os chefes de Estado e de Governo do ocidente se apressaram a viajar a Telavive para garantir ao criminoso Benjamin Netanyahu o seu apoio incondicional a Israel. A reafirmação do estatuto de Israel como vítima com o direito a defender-se é de todo inaceitável. Esses mesmos governantes, ainda, continuam a apoiar financeira e militarmente o regime criminoso de Israel e apenas se limitam a recomendações e apelos à moderação…curiosamente, é raro ouvir na comunicação social ocidental, o direito do povo palestiniano a defender-se de uma agressão que dura há décadas e o direito inviolável do acesso à assistência humanitária e médica.
Importa reafirmar que a intervenção terrorista do Hamas a 7 de outubro de 2023 em Israel também é inaceitável a todos os níveis. No entanto, não pode ser a justificação para o genocídio que todo o mundo tem assistido.
O regime criminoso de Israel destrói, diariamente, as poucas escolas, universidades, hospitais e museus. Também assassina seletivamente académicos, médicos, jornalistas, intelectuais e poetas palestinianos. Ainda nega acesso, dos deslocados desta intervenção criminosa, à comida, água e cuidados médicos.
O próprio Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas declarou que o povo palestiniano de Gaza está a ser sujeito a um autêntico genocídio e à privação das mais básicas condições de sobrevivência. No entanto não consegue pôr fim ao massacre. Como é possível que um país, que nasceu do próprio Holocausto possa estar a cometer um genocídio? Defender o que Israel está a fazer é como defender as ações de Hitler, Estaline ou Mao.
Texto escrito segundo as regras do novo Acordo Ortográfico de 1990