Saúde
CHL cria equipa comunitária para levar cuidados de saúde mental à população jovem
Aproximar os serviços de saúde mental da população mais jovem e assegurar respostas focadas na prevenção é o principal objectivo da Equipa Comunitária de Saúde Mental que acaba de ser criada pelo Centro Hospitalar de Leiria (CHL)
O início do próximo ano lectivo vai marcar também o começo de actividade da Equipa Comunitária de Saúde Mental para a Infância e Adolescência (ECSM-IA) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL).
Com esta nova resposta, pretende-se “aproximar os serviços de saúde mental da população mais jovem” e “assegurar respostas focadas na prevenção, através do melhor entendimento do contexto onde as pessoas vivem, permitindo uma intervenção mais efectiva nos problemas de saúde mental”, explica uma nota de imprensa do CHL.
A nova equipa, que deverá ficar constituída até ao final de Setembro, irá integrar um médico especialista em psiquiatria da infância e adolescência, um enfermeiro especialista em saúde mental e psiquiátrica, dois psicólogos clínicos, um técnico superior de serviço social, um terapeuta ocupacional e um assistente técnico.
“A evidência científica mostra que as intervenções na comunidade, mais próximas das pessoas, são as mais eficazes e as que acolhem as preferências dos indivíduos com doença mental e suas famílias, pelo que tem havido uma crescente preocupação em desenvolver serviços na comunidade em Portugal”, alega a directora do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, Graça Milheiro.
Citada naquele comunicado, a pedopsiquiatra sublinha que a equipa comunitária “vai potenciar toda a actividade” do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, “não só em termos de actividade clínica já realizada, mas também ao nível da articulação com as escolas, cuidados de saúde primários, entidades de protecção de crianças e jovens em risco e outras estruturas da comunidade que intervêm na infância e adolescência”.
Segundo Graça Milheiro, “será, igualmente, possível desenvolver de forma estruturada actividades ao nível da prevenção e promoção de saúde mental, fundamentais à melhoria da saúde mental e qualidade de vida da nossa população a longo prazo”.
“A maior proximidade com os utentes, com as famílias e com o seu contexto de vida irá permitir também um trabalho de diminuição do estigma, que ainda persiste como obstáculo à procura de ajuda especializada por quem necessita”, salienta ainda a médica.