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Ciclo de música de câmara em Leiria com concertos gratuitos e nomes de “primeiríssima qualidade”
Festival Música em Leiria organizado pelo Orfeão de Leiria prossegue no Solar dos Ataídes e no Teatro Miguel Franco
Depois da abertura oficial, na passada sexta-feira, 17 de Março, com o espectáculo Trash! pelas companhias Yllana e Töthem, de Espanha, inicia-se um ciclo dedicado à música de câmara no 41.º Festival Música em Leiria.
A começar amanhã e até quinta-feira, está previsto um concerto no Teatro Miguel Franco (os bilhetes têm o valor de 5 euros) e dois finais de tarde no Solar dos Ataídes, o edifício da Caixa de Crédito de Leiria no Terreiro, em ambiente mais intimista, com início às 19:30 horas e entrada livre, sujeita à lotação da sala.
Nesta terça-feira, 21 de Março, estão em destaque três obras do compositor austro-húngaro naturalizado norte-americano Erich Wolfgang Korngold (1897-1957), considerado um dos pioneiros da grande música para cinema. “Música de muita qualidade, pouco tocada em Portugal”, salienta o maestro António Vassalo Lourenço, director artístico do Festival Música em Leiria. Serão protagonistas Bruno Monteiro (violino), Miguel Rocha (violoncelo) e João Paulo Santos (piano).
Na quarta-feira, o pianista António Rosado e o violoncelista Filipe Quaresma juntam-se no Solar dos Ataídes para tocar obras de Beethoven, Luís de Freitas Branco e Prokofiev.
O ciclo de música de câmara encerra na quinta-feira, 23 de Março, também às 19:30 horas, mas no Teatro Miguel Franco, com Nuno Pinto (clarinete) e Bernardo Soares (piano) a apresentarem A Volta ao Mundo em uma Hora, alinhamento que vai do barroco ao contemporâneo, passando pelo romantismo e pela world music.
Os três concertos de terça, quarta e quinta-feira constituem a oportunidade de ver ao vivo “músicos de primeiríssima qualidade”, que constituem “nomes de referência em Portugal”, assinala António Vassalo Lourenço. O festival procura, este ano, conferir mais destaque à chamada música de câmara. “Não é um género, dentro da música erudita, com muito impacto em Portugal, ao contrário de outros países da Europa”.