Sociedade
Deputados do PSD questionam Governo sobre falta de médicos em Porto de Mós
Os sociais-democratas entendem que a falta de médico também é uma forma de exclusão social.
Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria na Assembleia da República enviaram uma pergunta ao Governo a questionar sobre a inexistência de médico de família no concelho de Porto de Mós.
Numa pergunta enviada à ministra da Saúde, os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria pretendem saber quando terá a extensão de saúde da União de Freguesias de Arrimal e Mendiga a sua equipa completa, composta por médico, enfermeiro e administrativo, disponível e se a ministra vai interceder no sentido de ser possível a criação de Unidade de Saúde Familiar nesta zona do concelho de Porto de Mós.
Olga Silvestre, Hugo Oliveira, Margarida Balseiro Lopes, Pedro Roque e João Marques lamentam que “na segunda década do século XXI, os portugueses” se vejam “confrontados com a falta de cuidados de saúde básicos, como é o caso de médico de família, embora tenha sido prometido pelo anterior e por este governo, uma promessa não cumprida, à qual se soma mais outra promessa não cumprida, a falta de enfermeiro de família para todos”.
Para os deputados, "esta situação viola o princípio constitucional que prevê o direito à saúde para todos, mais uma vez e também na saúde o País anda a duas velocidades, enquanto em determinados centros existem médicos de família, por terem sido criadas USF, ou não, noutras zonas, com maior impacto no interior do País não existe médico de família”.
Considerando que é “desiderato deste governo a criação de USF”, os deputados entendem que “ainda falta um longo caminho” e questionam “quantas faltam criar no distrito de Leiria, em particular no concelho de Porto de Mós, pois são notórias as diferenças que existem no mesmo concelho”.
“A falta de médico também é uma forma de exclusão social. É necessário o governo intervir, no sentido de tornar atrativas e incentivar a criação de USF no interior, ou então proporcionar a instalação de médico de família de outra forma. O importante é os portugueses não ficarem à espera ‘ad eternum’ do que não vai acontecer, [pois] isso viola ainda o princípio da igualdade”, refere o documento enviado ao governo.
Os sociais-democratas adiantam ainda que “esta situação ainda é mais grave no tempo de pandemia”.
“Ora, numa população envelhecida, com dificuldade de mobilidade dada a dispersão do concelho e, cada vez mais dependente de cuidados de saúde, como é o caso, não podemos aceitar o facto de não existir médico de família na freguesia de Mira de Aire e na União de freguesias de Arrimal e Mendiga e, nesta, não se encontrar ao serviço enfermeiro de família e administrativo”, denunciam.