Economia

Escalada dá corda ao alojamento local na Redinha

7 fev 2019 00:00

Actividades radicais impulsionam negócio em Pombal

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Daniela Franco Sousa

Pela Redinha, no concelho de Pombal, ouvem-se agora falar muitas línguas. Os forasteiros estão cada vez mais rendidos às actividades radicais que lhes proporciona a freguesia. Quanto aos habitantes locais, vêem nessa paixão uma oportunidade de negócio e são já vários os estabelecimentos de alojamento local que vão nascendo pela localidade.

Susana Lopes é decoradora de peças cerâmicas e começou a receber na sua loja muitos turistas interessados em saber onde poderiam ficar instalados, na zona da Redinha, freguesia onde existem vários pontos de interesse para quem pratica escalada.

Daí até criar a Casa Monte Alegre, um estabelecimento de alojamento local, foi um passo, recorda a comerciante. Como aquela já era a sua segunda habitação, foi preciso criar apenas mais algumas condições para acolher turistas. E nos últimos quatro anos, o negócio tornou-se num importante part-time. “Além de portugueses, recebo espanhóis, ingleses e até norte- americanos”, especifica Susana Lopes.

Entre eles estão muitos profissionais de escalada que, aproveitando os vários graus de dificuldade oferecidos pelas encostas da região, organizam passeios para desafiar os seus limites, expõe a comerciante. Os peregrinos, e até algumas pessoas que estão de passagem por motivos de trabalho, são outros dos seus clientes, acrescenta Susana Lopes.

Marinela Sousa, que gere a Quinta de São João, em Poios, na Redinha, há seis anos, também reconhece que o contacto com a natureza e as actividades radicais possibilitadas pela localidade têm sido a grande força motriz do alojamento na freguesia.

A casa de campo, que já dá emprego ao agregado familiar, dispõe de três edifícios, piscina, jardins de plantas autóctones e pomar, sendo que os turistas podem participar nas colheitas de medronhos e de figos.

Se os turistas mais idosos apreciam especialmente a tranquilidade e os passeios pedestres pela Serra de Sicó e junto ao Rio Anços, os mais jovens, portugueses e estrangeiros (vindos de Inglaterra, Áustria e Alemanha), apreciam sobretudo a escalada e o BTT, explica Marinela Sousa.

Mais recente, em actividade desde Agosto de 2017, também a Casa da Ponte da Redinha, situada no centro da aldeia, se caracteriza como alojamento local. E neste caso também, o convívio com a natureza é o grande atractivo do espaço, que se promove pela vista sobre “rio e jardim”.