Economia

H2OptiDemo estuda uso eficiente de água na produção de pêras e maçãs

2 fev 2022 09:00

Projecto liderado pelo COTHN-CC, de Alcobaça, já está no terreno e tem duração de um ano

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Oeste é uma das zonas de implementação do projecto
Ricardo Graça/Arquivo
Raquel de Sousa Silva

Optimizar a demonstração de boas práticas na gestão da água de rega no cultivo de maçã, pêra e tomate de indústria nas duas principais zonas geográficas destas culturas – o Oeste e o Ribatejo – é um dos objectivos do projecto H2OptiDemo.

Recentemente aprovado, arrancou no início do ano e conta com 90 mil euros de financiamento da entidade promotora, a Fundação Calouste Gulbenkian.

O projecto, com a duração de um ano, é liderado pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN‐CC), de Alcobaça, e envolve entidades como a Federação Nacional das Organizações de Produtores, a Hidrosoph, a Campotec e a Torriba (organização de produtores de hortofrutícolas).

Durante o decorrer do projecto, os parceiros pretendem realizar várias actividades de transferência de conhecimento, nomeadamente workshops sobre gestão de rega optimizada, workshops formativos de capacitação e demonstração, dias abertos nos campos de demonstração, intercâmbios técnicos internacionais e seminários.

Para isso, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Vítor Coutinho, técnico do COTHN-CC e um dos coordenadores do projecto, estão à disposição vários pomares, nomeadamente nos concelhos de Alcobaça e da Nazaré.

No site do H2OptiDemo lê-se que no final do projecto se pretende “aumentar o conhecimento sobre novos sistemas de gestão da rega inovadores, face aos cenários de alterações climáticas e avaliação do funcionamento dos sistemas de rega”, assim como maximizar a capacitação para o uso de ferramentas de apoio à gestão, suportada em tecnologias de monitorização e no conhecimento do bom funcionamento dos sistemas de rega, adaptadas à sua realidade, de forma a aumentar do uso eficiente da água de rega no médio e longo prazo”.

Por outro lado, pretende-se igualmente “aumentar os conhecimentos do funcionamento dos sistemas de rega e capacitar para a utilização de soluções técnicas simples que permitam a quantificação da água de rega e a introdução à gestão da mesma ao longo do ciclo, tendo por base custo/benefício”.

“Estas competências terão como resultado final a mudança de comportamentos para uma utilização eficiente da água, mas também a mudança de imagem do sector agrícola junto da opinião pública e da sociedade em geral, pretendendo assim esclarecer com evidências alguns sectores da sociedade sobre a forma como actualmente se está a utilizar a água na agricultura intensiva”.