Viver
Leitura cresce, sobretudo entre os mais jovens, à boleia das redes sociais
Um estudo divulgado na semana passada revela que os portugueses estão a ler mais. Esse crescimento faz-se sentir, mais entre os jovens adultos, motivados pelas redes sociais e pelos influenciadores digitais
Durante algum tempo, Maria Francisca Gama evitou a presença nas redes sociais, com receio de não ser levada a sério. “O facto de ser mulher e jovem não abonava muito a meu favor, num meio onde ainda há algum preconceito em relação a esses factores. Utilizar as redes sociais seria acrescentar um prego no caixão da ‘miúda que escreve’”, recorda a escritora, de 27 anos, nascida em Leiria, que, em 2022, publicou o livro A profeta.
Foi na sequência dessa obra que decidiu que estava na hora de pôr de lado “o preconceito e um certo snobismo” por não querer estar nessas plataformas. “Queria muito ser levada a sério e que me lessem, independentemente da minha idade. E borrifei-me para isso e para o que pudessem pensar dessa minha presença”, conta Maria Francisca Gama, explicando que a mudança de estratégia aconteceu por ter percebido que o tempo médio de um livro numa livraria é de “cerca de dois meses” e que as obras se vão subsituindo umas às outras nos expositores.
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