Sociedade

Mandarim vai ter polícia à porta e consumo mínimo para garantir segurança aos clientes

22 jun 2023 09:36

Discoteca vai ainda solicitar reunião urgente com PSP para melhorar segurança na noite de Leiria

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Discoteca é um dos locais mais frequentados na noite de Leiria
Ricardo Graça/Arquivo

O Mandarim vai pedir à PSP serviços gratificados, pagos pela empresa para garantir a segurança do exterior do estabelecimento de diversão nocturna entre a 1 hora e as 5 horas, todos os dias de abertura da discoteca. Além disso, às sextas e sábados, dias de maior afluência, será aplicado o sistema de consumo mínimo obrigatório, no valor de 12 euros, revertido em consumíveis.

O anúncio foi feito hoje pela Contemplestrela, Lda, dona dos estabelecimentos de diversão nocturna Mandarim, em Leiria e Coimbra, na sequência das agressões na madrugada de domingo, tendo como objectivo demarcar-se da violência que tem ocorrido à porta da discoteca  e que afirma ser alheia.

Num comunicado, a empresa salienta que já afastou o prestador de serviços de segurança envolvido no incidente e revela que vai solicitar uma reunião "urgente ao Comando Distrital da PSP por forma a peticionar que se estabeleça um plano de patrulhamento adequado da diversão nocturna na cidade de Leiria, prestando a colaboração e informação necessárias".

"Considerando que a empresa tem como dever assegurar a segurança no interior do estabelecimento – o que tem feito, dispondo de todo o equipamento de segurança e vigilância para o efeito –, encontrando-se a sua acção limitada a esse espaço, a Contemplestrela, Lda está empenhada em prestar a sua colaboração às autoridades policiais e ao município para debelar os potenciais problemas de segurança que se façam sentir na cidade de Leiria", reforça ainda a empresa.

O Mandarim acrescenta que "não pode permitir que lhe sejam associados comportamentos violentos que não têm qualquer origem no seu estabelecimento, sofrendo daí consequências desnecessárias, somente para aplacar a opinião pública, e que não tratam a raiz do problema – falta de meios dados das autoridades policiais para adequado e contínuo patrulhamento das áreas de diversão nocturna".

"Desengane-se quem entenda que são os estabelecimentos de diversão nocturna por si que geram ou potenciam a violência a que se assiste por esse País, em especial no período nocturno – excepção, evidentemente, feita àqueles que se envolvam em actividades ilegais e com relevância criminal. Este é um fenómeno social que tem que ser devidamente equacionado pelas autoridades competentes, e cuja responsabilidade não pode continuar a ser identificada, de forma unidirecional, nos estabelecimentos de diversão nocturna que cumprem as apertadas e dispendiosas exigências legais e regulamentares de serviço e equipamentos para poderem proporcionar aos seus clientes serviços de diversão nocturna, em segurança, como é o caso do Mandarim", remata a empresa.

O Comando Distrital da PSP de Leiria informou, em comunicado que, na madrugada de domingo, pelas 2:40 horas, foi solicitada a presença policial junto ao Mandarim, em Leiria, "por terem ocorrido agressões entre vigilantes e clientes do referido estabelecimento de diversão nocturna".

Quando os agentes chegaram ao local "já não estava a ocorrer qualquer situação de agressões, havendo, contudo, ainda alguma comoção entre as pessoas presentes".

Segundo o Comando de Leiria, "durante o dia 18 de Junho foi detectado que circulava nas redes sociais um vídeo em que é possível visualizar as agressões, permitindo acrescentar mais informação ao processo", e sublinha que aquela rua está também coberta pelo sistema de videovigilância das autoridades, pelo que será "uma grande mais-valia no apoio à actividade policial no terreno".