Viver

Marinha Grande. O plano de quatro anos que ambiciona uma revolução na cultura

26 jun 2024 10:34

Uma empresa de consultoria está a ajudar a autarquia a executar um projecto de programação que prevê o investimento de 800 mil euros até 2027, no Teatro Stephens, mas também noutros espaços

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Ana Carvalho, chefe da divisão de Cultura, Património Cultural e Turismo, Carlos Veríssimo, da FMOB, e Ana Alves Monteiro, vereadora com o pelouro da Cultura
Ricardo Graça

Há um ano na Marinha Grande, contratada pelo município, a consultora O Bairro está a gerir um projecto de 800 mil euros que promete desencadear uma pequena revolução, a concretizarem-se os objectivos a que se propõe. A partir do gabinete que ocupa pela primeira vez, a vereadora Ana Alves Monteiro vê um território “altamente tecnológico, que não se soube desenvolver nas outras dimensões importantes”, ou seja, e segundo a autarca, no concelho há “grandes empresas” e “emprego”, mas falta “investimento” em “lazer” e “qualidade de vida”. Um paradoxo, se for considerado o princípio – oito horas de trabalho, oito horas de ócio – que está na origem do Teatro Stephens, no século XVIII, por iniciativa do industrial que lhe dá o nome, Guilherme, gestor da Real Fábrica de Vidros. “O foco é a ligação à comunidade”, diz ao JORNAL DE LEIRIA a independente eleita pelo movimento +MPM. Sobretudo, crianças e jovens. “Para que daqui a 10 ou 15 anos já não seja quase necessário fazer divulgação porque têm um hábito e precisam de cultura”.

Em meados do ano passado, a Câmara da Marinha Grande requisitou a sociedade unipessoal FMOB – Fazer Mover O Bairro para tratar da acreditação do Teatro Stephens junto da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. Seguiu-se, de novo em parceria com a FMOB, a candidatura ao segundo concurso de apoio à programação aberto pela RTCP, em que a Marinha Grande obteve o primeiro lugar, a nível nacional, e, com ele, um financiamento no valor de 400 mil euros, que obriga o município a investir outros 400 mil euros, no período de 2024 a 2027. A direcção artística do projecto Incorporar, que envolve teatro, dança, circo, música, artes visuais, novos media e o regresso da exibição regular de cinema para fomentar práticas artísticas e pensamento crítico, está a cargo de Carlos Veríssimo (da FMOB) e a gestão é responsabilidade de João Aidos, director artístico do Teatro Municipal de Ourém e antigo director-geral das Artes.

“Profissionais especializados”, que entregaram um “trabalho de excelência”, afirma Ana Alves Monteiro. Possível com meios da autarquia? “Dificilmente”, argumenta. “Temos de recuperar muito tempo em atraso”. Daí, e de acordo com a vereadora, a opção por pessoas “com mais experiência, com know how, com outra capacidade”, que “rapidamente conseguem trazer frutos”.

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