Sociedade

Micael Sousa: "os jogos têm uma grande vantagem, podemos jogar outra vez e melhorar"

19 jan 2017 00:00

Tabuleiros, poesia, pintura, fotografia e sushi na Impressão Digital desta semana.

micael-sousa-os-jogos-tem-uma-grande-vantagem-podemos-jogar-outra-vez-e-melhorar-5763

Ainda tem idade para jogos de tabuleiro?
Pode parecer uma coisa de crianças, mas, no fundo, os jogos são como os livros, há para todas as idades e gostos. Existem jogos complexos, profundos e desafiantes, que criam experiências únicas, especialmente pensados para adultos.

Aprende alguma coisa útil para sobreviver nos corredores da Câmara Municipal de Leiria?
Aprendem-se muitas coisas úteis com os bons jogos para sobreviver em todos os corredores desta vida. Desenvolvem competências sociais e emocionais, para além das mais óbvias competências de gestão, da implementação táctica e pensamento estratégico. Têm uma grande vantagem: se nos enganarmos podemos sempre jogar outra vez e melhorar, aprendendo com os erros. 

Costuma levar jogos de tabuleiro para o gabinete de apoio à vereação?
Tento levar só os ensinamentos dos jogos. 

Monopólio, Não Te Irrites ou Descobridores de Catan?
O Catan é excelente para introduzir pessoas neste hobbie dos jogos de tabuleiro modernos. Neste momento já o arrumei na prateleira porque foram publicadas tantas coisas melhores depois. Aprecio um bom jogo económico, com tema de enquadramento e que dê liberdade de movimentos, onde competimos pelo competência e não para destruir os adversários.

Para quem nunca passou do Risco, o que há de novo em 2017?
São publicados milhares de jogos anualmente. Aconselho uma visita aos encontros semanais de jogos de tabuleiro em Leiria no centro cívico, na sede da AFA que acolhe o Clube de Boardgamers de Leiria. Também podem passar na Leiriacon, a convenção nacional que se faz anualmente na Praia da Vieira, no último fim-de-semana de Janeiro. Para 2017 estou com muita curiosidade em dois lançamentos de autores nacionais: o Lisboa de Vital Lacerda e o Brasil do Paulo Soledade e do Nuno Sentieiro.

O seu dia mais feliz no Clube de Boardgamers de Leiria.
O dia em que percebemos que o clube já não dependia apenas dos fundadores, que já tínhamos um grupo tão grande que garantia a realização dos encontros semanais, que podíamos transformar este hobbie num projecto de intervenção social.

Estudou Engenharia Civil, também Energia e Ambiente, um ano de Engenharia Informática, História, e, agora, Estudos do Património, sempre no ensino superior. É indecisão ou sede de conhecimento?
Diria que é uma sede de conhecimento viciante. Pode parecer diletante, mas estas áreas relacionam-se todas entre si.

Não é muito comum, um engenheiro civil com amor à poesia – de onde vem a inspiração?
Surgiu num momento da minha vida em que precisava de um escape para sobreviver às rotinas e processos “quadrados” da vida real, já lá vão mais de 10 anos.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.