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Nuno Gervásio: "detesto deixar os melhores sonhos a meio"

8 abr 2019 00:00

Almanaque | As escolhas e idiossincrasias do programador do "Shortcutz Lisboa"

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Se acontecesse um cataclismo e só pudesse salvar três músicas quais seriam?
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida, de Sérgio Godinho, a Sinfonia n.º 2, de Mahler, em Dó Menor, All My Friends, dos LCD Soundsystem.

Está no baile da aldeia e dá-lhe uma vontade repentina de dançar. Quem convidaria para seu par?
Já que estamos no domínio do impensável, posso trocar por uma matiné de slows numa discoteca com a miúda mais gira da escola?

Que remédio usa para baixar a tensão?
Meio copo de vinho duas vezes ao dia. E depois vou fotografar.

Vai ter um jantar romântico à luz das velas. Que ementa prepara?
Não sabe/Não responde.

O que faria se acordasse milionário?
Atirava o despertador contra a parede. Detesto deixar os melhores sonhos a meio.

Que personagem do cinema gostaria de ter sido?
Indiana Jones.

E para contracenar consigo?
Charlize Theron, sempre.

A justiça foi injusta, o tribunal enganou-se e vai ter de estar em prisão domiciliária durante um ano. Três objectos indispensáveis…
Poesia Toda, do Herberto Helder - assim só para mostrar o meu nível de intelectualidade -, uma Bimby e um corta-unhas.

Se, por acaso, algum dia morrer, como gostaria de ser recordado?
Se, por azar, um dia vier a falecer, gostava que escrevessem na minha lápide: “era um gajo porreiro!”.

I'll be back! De onde é que sai com esta frase mítica?
Do bar O Bom o Mau e o Vilão, no Cais do Sodré, onde todas as terças-feiras volto para apresentar o Shortcutz Lisboa e exibir curtas-metragens portuguesas.

Vai para Tenerife assistir a uma demonstração de colchões, mas decide desviar o avião. Para onde?
Suazilândia. Antígua e Barbuda. Ou Maldivas. Não consigo imaginar hackear um avião que não fosse para aterrar num paraíso fiscal.

Quer impressionar alguém, que história, baseada em factos verídicos, conta?
Aquela vez em Cannes quando estive a beber copos com a Cate Blanchett e a fazer xixi com o Benício del Toro.

Se tivesse de passar seis meses numa ilha deserta, quais seriam os três livros que levaria?
Uma Aventura na Ilha Deserta, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Guerra e Paz, de Liev Tolstói e Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, o livro da minha vida, a que preciso sempre de voltar.

Em criança, quando fosse grande, gostaria de ser…
Em criança, quando fosse grande, gostaria de ser. (Já na altura filosofava.)

Passa pela quermesse da Christie’s e tira uma rifa, que obra de arte gostaria que lhe calhasse?
Sou levado a dizer um cão-balão do Jeff Koons, pelo valor de mercado mas o que eu queria mesmo era um quadro d’O Menino que Chora.