Paulo Kellerman, escritor
Plof
Pois, nunca pensaste; é uma coisa em que ninguém pensa. Porque a possibilidade de perder um braço é algo que jamais nos passa pela cabeça.
18 out 2018
Paulo Kellerman, escritor
Um olhar
Por vezes, basta um olhar para viajar no tempo.
9 ago 2018
Paulo Kellerman, escritor
Vuuuuum, vuuuuum
“Gostava da tua mãe, às vezes ainda penso nela. Bons tempos, esses. Mas depois fui para a França e pronto. Tudo mudou.” Calou-se.
31 mai 2018
Paulo Kellerman, escritor
Olá
Por vezes, escreve-se ou corre-se a maratona pela mais simples e pura das razões: porque sim.
26 abr 2018
Paulo Kellerman, escritor
Queres ser o meu guarda-chuva?
Primeiro há que encontrar alguém com um guarda-chuva na mão e que, por isso, o perceba, intua de imediato os seus motivos. Alguém a quem não seja necessário explicar o que sente.
22 mar 2018
Paulo Kellerman, escritor
Xuxus
“Xuxus” é uma expressão muito usada pela Liliana; faz-me sorrir sempre. Devagarinho, vão-se organizando, aproximam-se do palco onde as habituais cinco cadeiras vazias aguardam.
15 fev 2018
Paulo Kellerman, escritor
Iupiiiiii
Mas certamente por distracção ou descuido, terá havido um momento em que o teu olhar recaiu no parque dos baloiços e, quando deste por ti, todos os dias espreitavas aquele canto abandonado do cenário.
13 jan 2018
Paulo Kellerman, escritor
Asas
Ele vivia numa aldeia, ela noutra; pelo meio, muitos quilómetros de distância. Isso não o preocupava, sempre ouvira dizer que o amor é cego (mentira) e que dá asas (talvez), o que é bom para quem tem de andar a pé.
8 dez 2017
Paulo Kellerman, escritor
Preocupações engarrafadas
Trouxe uma garrafa consigo.
2 nov 2017
Paulo Kellerman, escritor
Rascunhos de Verão
26 ago 2017
Paulo Kellerman, escritor
Cinco anos
Publiquei a primeira crónica no JL há cinco anos, em Maio de 2012. Assinalo a data recuperando um texto de 2014 sobre infinitos e janelas. Um texto de que ainda gosto.
16 mai 2017
Paulo Kellerman, escritor
Transparência
Estou na varanda a apanhar sol e, como é hábito, penso disparates. Por exemplo: uma prova da inexistência de deus é o facto de as pessoas terem a pele opaca.
10 abr 2017
Paulo Kellerman, escritor
Burro
Nunca falhei as votações mas, cada vez com mais frequência, deixei de riscar cruzes nos quadradinhos e fui deixando o espaço em branco.
5 mar 2017
Paulo Kellerman, escritor
∞
Contudo, ambos sabiam que quando partilhava os seus voos e os seus sentires, o pássaro transportava o amigo consigo.
26 jan 2017
Paulo Kellerman, escritor
Anomalias
Mas talvez o miúdo possuísse um mundo interior tão rico e absorvente que ainda não precisara de olhar para além de si, ainda não precisara de abrir a janela e deslumbrar-se com o exterior; ainda não precisara de dar um sentido ao seu olhar.
22 dez 2016