Sociedade
Prostituição: legalização não agrada a todos
Associações consideram que ninguém é trabalhador do sexo por opção e alertam para o tráfico humano
Na Ortigosa, em Leiria, uma mulher sentada num pequeno morro de terra espera pelos clientes. De tez morena, afirma ser romena. Está ali porque precisa de dinheiro. Confessa que tem dois filhos, um dos quais na sua terra natal a precisar de uma cirurgia.
As condições para a prática do sexo não são as melhores, mas “faz-se”. O cliente pára e seguem para um local mais abrigado, alguns metros à frente.
A conversa com o JORNAL DE LEIRIA foi interrompida pela chegada de um veículo. Ela entrou e desapareceu. A possibilidade de fazer parte de uma rede de tráfico de seres humanos é a hipótese avançada por algumas pessoas com quem falámos. A verdade é que a mulher não voltou a ser vista na zona.
“Possivelmente foi para outras paragens. Há uma grande rotatividade dessas redes”, diz quem sabe.
Na Marinha Grande, por baixo do viaduto da auto-estrada, quem passa vê uma ou duas mulheres à beira da EN242. Os clientes que as procuram têm à sua espera – metros à frente e longe da vista - , uma espécie de cabana (na foto). Isabel Xavier, vice-presidente da associação “O Ninho”, considera que quem se prostitui na rua trabalha em condições menos dignas, mas questiona se “quem se prostitui em casas fechadas, também n
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