Saúde

Unidade Local de Saúde da Região de Leiria realizou mais de 11 mil cirurgias urgentes e programadas

5 ago 2024 10:54

Conselho de administração faz balanço positivo do primeiro semestre

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A Unidade Local de Saúde da Região de Leiria dá resposta a cerca de 400 mil habitantes
Ricardo Graça

A Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL) realizou mais de 156 mil consultas médicas e mais de 11 mil cirurgias urgentes e programadas. Foram internados mais de 9.800 doentes e tratados 248 doentes na Unidade de Hospitalização Domiciliária nos primeiros seis meses da sua constituição.

Segundo uma nota de imprensa, durante o primeiro semestre foram efectuados 776 partos e nas cinco urgências hospitalares foram atendidos 80.746 utentes. Quanto à actividade do Hospital de Dia, foram efectuadas 21.066 sessões e foram concretizados mais de 121 mil exames de imagiologia e feitas 1.465.679 análises.

Nas unidades de cuidados de saúde primários contabilizam-se mais de 622 mil consultas médicas e mais de 380 mil consultas de enfermagem. Foram administradas no total 66.227 vacinas.

A ULSRL informa que estão inscritos 397.460 utentes, dos quais mais de 108 mil não têm médico de família e mais de 78 mil ainda não têm resposta médica.

"Em mais de 77 mil utentes tratados, importa realçar que, embora a maioria (73 mil) seja de nacionalidade portuguesa, perto de dois mil utentes são de nacionalidade brasileira, 312 são ucranianos, 109 são indianos e 100 são de Angola, o que denota a multiculturalidade da região", informa Licínio de Carvalho, presidente do conselho de administração da ULSRL, citado na nota de imprensa.

O responsável faz um “balanço positivo” do primeiro semestre e revela que a aprovação do plano de actividades permitirá maior autonomia.

“É um balanço positivo, que espelha realmente o trabalho desta equipa do conselho de administração e de todos os colaboradores da ULSRL, que estão a fazer um trabalho difícil e exigente”, disse ao JORNAL DE LEIRIA, ao admitir que os resultados têm sido obtidos “num contexto que não tem sido muito fácil”.

Não obstante, o responsável revela que este ano já constituíram oito Unidades de Saúde Familiar modelo B, estando a nona a caminho, o que é um "atractivo adicional para que os profissionais procurem essas unidades, onde têm autonomia organizacional".

"No concurso que está a decorrer, 17 vagas estão classificadas como carenciadas, que abrange nomeadamente a medicina geral e familiar, mas também especialidades hospitalares”, revelou.

Concordando que "há aspectos que têm de melhorar", Licínio de Carvalho acredita que a aprovação do plano de desenvolvimento organizacional (idêntico ao plano de actividades) por parte do Ministério da Saúde, permitirá “dar um impulso maior ao plano de investimentos”.

Este documento permitirá “corrigir e complementar o plano de admissões de pessoal”. “A nossa convicção é que este segundo semestre do ano nos permitirá um grande desafogo em termos de margem de manobra de gestão”, reconhece o presidente da ULSRL.

Para Licínio de Carvalho, “seis meses, não é muito tempo” e existem problemas de fundo, para os quais procuram concentrar esforços para os melhorar, “como seja o aumento do número assistentes para os utentes que não têm médico de família”.

A resposta tem sido feita através da contratação dos chamados médicos tarefeiros. Até ao dia 30 de Junho, a ULSRL contratou 28 médicos em prestação de serviços para as urgências hospitalares e 11 para os cuidados de saúde primários, os quais dão resposta aos doentes sem médico de família e para trabalharem nos centros de atendimento complementar, que existem nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém e Porto Mós.

Para os centros de saúde foram ainda contratados seis clínicos aposentados. “Infelizmente, não são suficientes para não termos buracos nas nossas escalas das urgências e nos centros de saúde ou centros de atendimento complementar”, admite.