Missão Ucrânia

Kostya já está a trabalhar e é uma excepção. A integração nas empresas está demorada

13 abr 2022 12:30

Voluntários, municípios e empregadores queixam-se da burocracia

kostya-ja-esta-a-trabalhar-e-e-uma-excepcao-a-integracao-nas-empresas-esta-demorada
Kostya Chesnok foi contratado pelo Grupo Justo para o armazém da empresa em Leiria
Ricardo Graça

* Texto publicado originalmente a 7 de Abril de 2022 na edição em papel 1969 do JORNAL DE LEIRIA

Demorado e burocrático. O processo de integração no mercado de trabalho dos cidadãos ucranianos que chegaram a Portugal nas últimas semanas, em fuga da guerra no país de origem, não está a acompanhar a rapidez com que surgem as ofertas de emprego, nem o desejo de autonomia que quase todos os refugiados manifestam.

Logo no início de Março, entraram na Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei) mais de 200 ofertas de emprego dirigidas a deslocados da Ucrânia. Volvido um mês, são raros os casos, no concelho de Leiria e nos concelhos vizinhos, de refugiados que já estão a trabalhar.

A lentidão administrativa na legalização, em especial na obtenção do número de contribuinte (NIF), é um dos obstáculos, num processo que também inclui a documentação a emitir pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o número de identificação da Segurança Social (NISS) e o número de utente do Serviço Nacional de Saúde. Mas há outros factores a ter em conta: o transporte, a creche ou jardim de infância para as crianças, as aulas de português, além da estabilidade no alojamento, num momento em que a generalidade das habitações disponibilizadas são temporárias.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ