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Pichiavo, Lonac e Bordalo II no primeiro Leiria Arte Pública
Evento dedicado à street art acontece entre 9 de Setembro e 9 de Outubro.
A dupla espanhola Pichiavo e o artista croata Lonac são os nomes estrangeiros da street art que vão participar na primeira edição do Leiria Paredes com História Arte Pública, a acontecer durante um mês, de 9 de Setembro a 9 de Outubro.
Talentos "de renome internacional", que nunca trabalharam em Portugal, lembra Catarina Dias, da associação Riscas Vadias, que organiza o evento por iniciativa de Ricardo Romero, do Projecto Matilha, em parceria com o Município de Leiria.
Estão previstas intervenções de seis artistas e colectivos em fachadas de média e grande escala nas proximidades do circuito Polis (Most Art Hostel e antigas oficinas da EDP, por exemplo), exposições de outros seis autores em espaços interiores (Arquivo Livraria, Joana Marcelino Studio, sede do colectivo a9)))) e museu m|i|mo) e também um ciclo de conferências.
Pichiavo, Lonac, 565, Bordalo II, Daniel Eime, Fábio Colaço, Ivo Santos, Miguel Januário, Mister Fields, Nuno Viegas, Vasco Teixeira Rodrigues e Ricardo Romero foram os nomes anunciados na apresentação do evento, que decorreu sexta-feira, 28, no Most Art Hostel.
O desafio da organização passa por pensarem a identidade de Leiria, "com respeito à existente", mas, ao mesmo tempo, equacionando "uma nova imagem" para a cidade, explica Catarina Dias, também ligada, com Ricardo Romero, aos projectos Uivo e Matilha, que cruzam a expressão artística com a função social e educativa.
O grupo 565 é um novo colectivo que junta Carolina Sepúlveda, Cuão, Diogo Monteiro (Tenório), Frio, Lisa Teles, Mara Mures e Ricardo Romero (Projecto Matilha).
Nesta estreia em 2017, o Leiria Paredes com História Arte Pública "pretende ser um possível futuro para Leiria" e tem como objectivo a afirmação de Leiria como galeria de arte no circuito do turismo artístico e cultural de âmbito nacional e internacional.
"Há todo um novo cenário relacionado com a arte urbana em que as pessoas viajam propositadamente para ver determinado artista", sublinha Catarina Dias.
Os artistas com intervenções na rua vão permanecer durante uma semana na cidade.
"A nossa ambição é que em futuras edições vá crescendo o nível de residências artísticas e que se chegue a um patamar de excelência que coloque Leiria no mapa das cidades a visitar na arte pública, a exemplo daquilo que já acontece em Lisboa. E naturalmente não escondo que gostaríamos de ter um dos trabalhos do Vhils em Leiria", afirma o vereador com o pelouro da Cultura na Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.
A intervenção de Bordalo II, dado o trabalho que faz com resíduos, tem o apoio especial da Valorlis.
Também em colaboração com a Valorlis, durante o evento serão contabilizadas as emissões de carbono e compensadas com a plantação de árvores (de espécies autóctones). Haverá ainda eco-pontos nos locais das intervenções e espaços de exposição para recolha, encaminhamento e tratamento dos resíduos.