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Lentriscas em Castelo. Restaurante Maria José: o que é tradicional é bom!

20 abr 2023 11:35

Existem dois parâmetros que comprovam o sucesso deste restaurante: uma clientela fiel e o teste do tempo

Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Restaurante Maria José, Chiqueda, Alcobaça.
Ricardo Graça

Em Chiqueda, uma simpática aldeia na envolvência de Alcobaça, junto à nascente do rio Alcoa, um estacionamento abastado deixa adivinhar uma clientela fiel que se reúne à volta do “Maria José”.

Com uma história cujo início remonta a 1976, este restaurante surgiu de um conjunto de acasos felizes. Anteriormente, a fundadora tinha uma adega que se haveria de tornar uma taberna na década de sessenta. Em 1976, para aproveitar os recursos existentes, Maria José decidiu abrir um talho. Num ápice, as carnes começaram a saltar para o grelhador da taberna, gerando uma simbiose que desaguou na criação deste grelhador de sucesso: assim nasceu o restaurante Maria José. Entretanto, abriu-se uma cozinha que aumentou a oferta de pratos do dia.

António Luís, filho de Maria José e homem da grelha, foi o nosso anfitrião. No talho, tivemos direito a uma lição sobre a carne que serve o restaurante. A panóplia de cortes apresentados é muito variada, da democrática lentrisca e outros cortes mais comuns, a cortes premium, carnes maturadas e wagyu. A matéria-prima, aliada à mão sábia de António, são garante de uma refeição prazenteira, rematada pelos os acompanhamentos bem executados, que saem da cozinha sob o olhar atento de sua irmã Maria Helena.

Na sala de refeição, fomos atendidos por Andreia, a simpática e despachada neta de Maria José, que distribui energia e atenção aos comensais. Aceitámos a sugestão dos grelhados, mas abrimos as hostilidades com a sopa de cozido que roubámos ao prato do dia (naquela quarta-feira, era cozido e bacalhau… tudo com excelente aspeto). Como entrada, a lentrisca e a morcela acompanharam com sucesso um pão de boa qualidade. De seguida, as estrelas da refeição: uns lagartos de porco preto divinais, que fazem a fama da casa, e um bife do lombo de cortar à colher. As carnes foram acompanhadas com primor por batatas fritas não "Maccainzadas" e uma salada bem temperada que equilibrou a opulência do repasto. Saltámos os doces, mas apreciámos a escolha, que era variada e de confeção caseira. Gostámos muito da refeição e até do preço face à qualidade apresentada.

Em última análise, existem dois parâmetros que comprovam o sucesso deste restaurante: uma clientela fiel e o teste do tempo. Estes dois fatores revelam, de facto, a qualidade da comida bem embrulhada num ambiente simpático e familiar e garantida pelo trabalho da segunda e da terceira gerações que teimam em respeitar o legado da sua fundadora Maria José.